“Cocaína potencializava todo o mal que o Chorão tinha”, revelou João Gordo

Publicado em 13/07/2021
Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Nestes cerca de 50 anos do cantor Chorão, o documentário Chorão Marginal Alado sobre o vocalista do Charlie Brown Jr. foi tema duma discussão recente na CCXP mediada pelo diretor Felipe Novaes, pelo roteirista Hugo Prata e pelos ex-VJs da MTV Edgar, Sarah e João Gordo, que viveram momentos íntimos com o roqueiro. O vocalista da banda Ratos de Porão relembrou algumas das histórias vividas com o falecido músico no evento ocorrido em dezembro de 2019.

João Gordo relembrou o conhecido caso de sua briga com Chorão, quando tentou se defender de uma agressão usando uma peixeira durante o VMB da MTV. Depois do incidente, Chorão pediu desculpas ao ex-VJ e passou a presentear João Gordo com CDs e roupas e eles fizeram as pazes.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Uma vez, a Grazi, mulher dele, me convidou para discotecar na festa de aniversário surpresa dele. Quando me viu, ele ficou muito feliz. Lá tinha daquelas buzinas de spray. Falei: ‘Chorão, sabia que essa buzina te deixa louco?´. O negócio realmente dava um barato. E ele começou a experimentar. De repente só chega os pais deles olhando pra nós. Tipo: ‘o que esses loucos estão fazendo cheirando buzina?’”.

João Gordo também se recordou do dia em que fez uma inusitada homenagem quando soube da morte do músico, em 2013. “Chorei muito quando ele morreu. E no dia resolvi fazer um baseado desse tamanho, um tabaco de baseado, e saí de carro para passar em frente ao prédio dele. Isso cheio de polícia, TV e fã, e eu fumando um pra homenagear o cara”, relembrou Gordo.

VEJA TAMBÉM: Freddie Mercury teria cheirado cocaína para criar hit mundial com David Bowie

Ele era muito amor e ódio. Você tinha que falar bem da banda dele. Se fosse amigo, você tinha tudo. Se fosse inimigo, não tinha nada. Ele era muito louco. Cheirava pra caralho (…) A cocaína potencializa o ódio. O pouco de mal caráter que ele tinha multiplicava por algo gigantesco”.

Entre os episódios relembrados por Chorão também está o momento em que Chorão bateu num adolescente na fila de um supermercado ao perceber que o jovem estava comprando um CD do grupo Rouge e de quando o roqueiro telefonou para a apresentadora Sarah pedindo para se retratar ao vivo na MTV depois de agredir Marcelo Camelo, dos Los Hermanos, num aeroporto.

Eu era amiga do Marcelo Camelo, e ele me convidou para participar de um clipe. Não dava para participar. Ele havia feito algo muito violento. Então ele disse que iria ao [programa] Disk MTV para se explicar. Eu falei que aquilo tinha sido muito feio, e ele ficava puto. Cortava a câmera, e ele dizia: Você não entendeu o que eu falei? Ele era desse jeito”, afirmou Sarah.

Chorão morreu no dia 6 de Março de 2013, em São Paulo, após uma overdose de cocaína. O músico tinha 42 anos de idade. Na quinta-feira (dia 9), ele completaria 50 anos de idade e, para homenagear um dos personagens mais icônicos do rock nacional, foi divulgado um videoclipe no canal oficial do grupo no YouTube.

A produção traz a voz de Chorão cantando o hit “Dias de Luta, Dias de Glória”, canção extraída da gravação original do álbum “Imunidade Musical”, com diversos artistas dublando o vocalista. Entre os músicos que participam desta homenagem estão Priscila Tossan, Luccas Carlos, Melim, As Bahias e a Cozinha Mineira, Jojo Todynho, Clau, Vitão, Cortesia da Casa, MC Du Black, entre outros.

Formada em Santos, em São Paulo, no ano de 1992, a banda Charlie Brown Jr. mudou para sempre o cenário do rock brasileiro com uma sonoridade eclética que misturava hardcore, punk, reggae, rap, funk e rock, criando uma identidade bastante própria. Suas letras traziam diversas críticas à sociedade, além de abordar uma visão do mundo sob a perspectiva dos jovens.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio