As músicas de Elvis Presley e The Beatles estão contribuindo para uma nova terapia para ajudar pessoas que sofrem de demência.
A abordagem inovadora combina aulas de canto e dança com tratamentos de fala e linguagem, além de fisioterapia.
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A Brain Charity, com sede em Liverpool, na Inglaterra, testou seu novo projeto: Music Makes Us!, em centenas de residentes de lares de idosos.
Pessoas que sofrem de demência e não conseguem falar cantam junto com Elvis, enquanto outras pessoas que lutam para se engajar socialmente dançam os Beatles.
Especialistas dizem que a música ativa diferentes vias da fala no cérebro, estimula endorfinas e transporta quem sofre de demência para memórias passadas e que são felizes.
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Agora, a instituição de caridade neurológica lançou “Music Makes Us!” como um programa online gratuito de 12 semanas para ser usado por qualquer pessoa no mundo.
Kym Ward, que é o coordenador do projeto de caridade para demência, explicou: “Já havíamos visto seus incríveis benefícios em primeira mão. Antes do Covid, nossos workshops em lares de idosos ajudaram centenas de pessoas que sofrem de demência em Merseyside”, explicou.
“Foi realmente notável ver como os participantes que antes eram não-verbais começaram a cantar junto, enquanto aqueles com demência severa que lutavam para se envolver com o mundo e desfrutaram de momentos de conexão alegre através da dança”, contou.
“Esperamos que esses vídeos forneçam acesso fácil a este recurso fantástico para famílias, lares de idosos e pessoas que vivem com demência”, Kym finalizou.
O programa pioneiro é composto por cinco oficinas de movimento e sete aulas de canto, todas ao som de clássicos do pop, entre eles, Elvis e Beatles.
A combinação de dança e fisioterapia minimiza o risco de quedas e ajuda quem sofre de demência a permanecer independente, aumentando a mobilidade, mantendo o equilíbrio e a flexibilidade.
Enquanto a combinação do canto com a terapia da fala e da linguagem fortalece os músculos da boca, melhora a comunicação e reduz os problemas relacionados à engolir e a respirar.
Antes da pandemia, essas sessões funcionavam em lares de idosos e ambientes comunitários em Merseyside, ajudando cerca de 250 residentes.
“O ano passado foi especialmente difícil para as pessoas que sofrem de demência”, Kym adicionou.
“Também sabemos que a música pode desempenhar um papel vital em seus cuidados diários, ela desperta memórias e reduz a agitação”, disse.
“É por isso que temos o prazer de lançar esta série de terapia gratuita para pessoas em qualquer lugar do mundo. Esperamos que seja útil para seus entes queridos em casa, para residentes em lares de idosos e, quando for seguro novamente, em ambientes comunitários”, finalizou.
Qualquer pessoa que se inscreva recebe um e-mail por semana contendo um vídeo de exercícios especializado e orientações sobre como participar com segurança.
Também existe uma versão para pessoas que não se identificam como vivendo com demência, mas sentem que podem se beneficiar com o programa.
Para quem estiver interessado nos vídeos deve visitar, este site. E para doar para a caridade, neste.