COLUNA DROPS
(Por Fernando Berenguel)
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Sob fortes denúncias de sexismo e racismo por parte da ex-presidente da academia musical, a edição do Grammy 2021 já começou com o pé esquerdo. Um bom exemplo da bagunça que foram as indicações para este ano, foi o canadense Justin Bieber e seu suposto privilégio branco, reclamando por não ter sido indicado na categoria R&B, um segmento que costuma premiar mais músicos negros. Confira todos os indicados.
É como se o próprio cantor tentasse se antecipar às polêmicas que poderiam acontecer caso seu nome se sobrepusesse a algum artista negro de impacto musical em 2020. E não deu outra: seu single “Yummy” de refrão silábico pegajoso que foi extremamente mal avaliado pela crítica e público superou em indicações, por exemplo, um dos maiores sucessos do ano que foi a smash hit de 2020, a queridinha Blinding Lights (do preterido The Weekend).
Bieber e Abel competiram de igual para igual em categorias como Best Pop Solo Performance além de Best Pop Vocal Album entre os votantes da premiação. No duelo de canadenses, o garoto caucasiano acabou levando a melhor mesmo não estando numa das fases mais criativas da carreira. The Weeknd, como se sabe, de favorito aos principais prêmios da noite, acabou saindo sem nenhuma indicação ao Grammy.
Para entender, o histórico de racismo e sexismo do Grammy é necessário voltar um pouco no tempo. Após as histéricas denúncias feitas pela ex-presidente Deborah Dugan que praticamente confirmou que artistas como Beyoncé são anualmente prejudicados pela academia, é importante destacar que nestas cerca de 60 edições, cerca de 12 artistas negros apenas venceram o prêmio mais almejado da noite (‘Álbum do Ano’), sendo que três destes foram para o músico Stevie Wonder.
Já a primeira mulher vencedora do prêmio foi Judy Garland no ano de 1961, enquanto a primeira mulher negra a conquistar a honraria só acabou acontecendo em 1992 com Natalie Cole em um disco onde ela regravava clássicos além de sucessos do seu pai. A primeira negra a ser premiada portanto, acabou rolando quase 40 anos após a criação da premiação no ano de 1959. Vale lembrar que neste ínterim tivemos nomes que entrariam pra história da música mundial como as preteridas pela premiação Nina Simone, Aretha Franklin, Ella Fitzgerald e Diana Ross (The Supremes). Algumas delas esnobadas por anos e anos pela academia e nenhuma delas premiadas na categoria principal (apesar de terem feito história na música).
Apesar dos recentes prêmios e indicações tão debatidos ao serem ofertados a cantores caucasianos como Billie Eilish, Taylor Swift, Dua Lipa, Adele, Lana Del Rey e Lorde, é interessante notar como por outro lado, o privilégio branco e heterossexual parece estar sob forte provação nestes tempos onde a implacável cultura do cancelamento se impõe cada vez mais nas redes sociais.
Seria como se estivéssemos numa curva de aprendizagem do dito fenômeno digital onde um usuário aponta um comportamento incorreto dum famoso e através de um “comportamento de manada” todo o bando passa a rejeitar aquela figura pública. Isto talvez ajude a explicar todo o aparente “coitadismo” de Justin Bieber em seus dois últimos singles, onde ele se mostra arrependido das tantas e tantas besteiras que fez no passado.
Verdade seja dita, a julgar pelas manchetes nas bancas e na web, nos últimos anos passou a ser muito mais interessante acompanhar os bastidores da autodestruição da figura pública de Justin Bieber do que consumir suas músicas propriamente ditas. Sintomas de um “schadenfreude midiático”. E a lista de polêmicas é de fazer inveja a qualquer Eduardo Costa. Para quem não se lembra, o jovem canadense já chegou a cuspir nos próprios fãs de uma sacada num lamentável episódio ocorrido no ano de 2013 quando ele se hospedou num hotel em Toronto.
O antigo enfant terrible do showbiz norte-americano também já urinou num balde dentro de um restaurante, foi condenado por agredir um fotógrafo na Argentina (tendo um mandato de prisão expedido no país), pichou um muro em São Conrado durante sua passagem pelo Rio além de ter sido preso em 2014 por dirigir embriagado em Miami. Um caso claro de um jovem que não conseguiu lidar bem com a fama precoce mas, também um exemplo cru de todo o privilégio que Justin Bieber obteve na consolidação de sua carreira artística. Agora imagine se fosse um negro que tivesse cometido todas estas atitudes polêmicas. Será que tal figura estaria sendo indicada em quatro categorias na principal premiação da música mundial?
Numa fase onde suas três últimas músicas (“Holy”, “Lonely” e “Monster”) abordam redenção, perdão, arrependimento e religião, apostando em letras mais reabilitadoras, é possível perceber que Justin Bieber e seu passado ruidoso traduz aquele chavão do negro que precisa se esforçar em dobro se quiser conquistar algo. E para o mim, o axioma de que Justin Bieber e sua Yummy não deveriam estar nesse Grammy é a prova cabal ilustrada no erudito refrão do seu single indicado. Confiramos juntos abaixo:
“Yeah, you got that yummy, yum
That yummy, yum
That yummy, yummy
Yeah, you got that yummy, yum
That yummy, yum
That yummy, yummy”
Como é possível que algum negro ou qualquer pessoa acredite ser melhor (ou equiparável) a algo tão inovador e transcendental?
FELIPE DE VOLTA AO VILLA COUNTRY
Com o aquecimento de shows na cidade de SP, o Villa Country se prepara pra abrir as portas com um show de Felipe Araújo. O local afirma estar tomando todos os cuidados e adequações recomendadas pelas autoridades médicas na pandemia. No show que acontece no próximo dia 28/11.
No tão retorno, o público do Villa Country vai poder prestigiar um espetáculo chamado “Felipe Araujo – Edição limitada” dentro de rigorosas regras de protocolo de segurança imposto pela crise sanitária trazida pela Covid-19. À porta, todos terão suas temperaturas testadas por termômetros à distância e o número de pessoas será reduzido. A parceira do evento traz assinatura da Universal Music e EShow. Confira mais detalhes do evento clicando aqui.
AMIGOS, AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE
Como todos sabem, há alguns dias, Ludmilla lançou o clipe de ‘Rainha da Favela’, pois bem, após uma estreia tímida com uma pequena sabotagem dos fãs de Anitta, a cantora decidiu mandar um recado para seus ‘amigos’ que nunca divulgam seus trabalhos, mas sempre querem estar nas incríveis festas dada pela carioca. Após a faixa conquistar o Top 10 do Spotify, Lud mandou seu recado.
Por meio de seus Stories do Instagram, a musa disparou: “Agora, eu tô aqui lembrando com a Brunna, a música tá no top 10, né? Ok. Aí eu não tô fazendo show, não vi vários amiguinhos meus, que ficam me pedindo entrada, pedindo camarote, pulseirinha, postarem p**** nenhuma da música. Aí quando voltar a ter show, voltar a ter as coisas: ‘Lud, me bota pra dentro. Lud, faz isso pra mim. Lud, faz aquilo. Lud, faz videozinho pra minha filha’. Aqui, ó. Tô anotando tudo, tá bom?”. Recado mais do que dado.
PULANDO DE ALEGRIA
Pela primeira vez, o BTS foi nomeado para o Grammy! A banda descobriu a novidade na tarde de ontem (24). Os integrantes V, Jungkook, RM e Jimin se reuniram para assistir ao anúncio, que foi divulgado entre 2h e 3h do horário local na Coréia. E, para a alegria dos fãs, os astros registraram suas reações e foi IMPAGÁVEL. O vídeo já viralizou todo Twitter e já conta com mais de 14 milhões de visualizações. Confira abaixo:
E POR HOJE É SÓ!
Após algumas indiretas depois do término de relação, parece que há males que vem para o bem. Divulgada dia 30 outubro, “Pra Quê Namorar”, feat da dupla Fabrício e Henrique com as irmãs Maiara e Maraisa, tem alcançado grande público nas plataformas de streaming.
Hoje, os artistas atingiram a incrível marca de 1 milhão de acessos no YouTube, comprovando o reconhecimento dos seguidores. Felizes com o crescimento do single, eles comemoram.
“Antes de namorar com a Maraisa, eu já havia conversado com elas sobre uma possível participação com a gente, afinal, sempre admiramos as meninas como profissionais e pessoas batalhadoras que são”, revelou Fabrício sobre o sucesso com as irmãs gêmeas.
E POR HOJE É SÓ! VOU FICANDO POR AQUI!
ATÉ AMANHÃ!
Fernando Berenguel
(Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha e opinião do site e do portal UOL)