Caetano Veloso entrevista Roger Waters sobre onda fascista no mundo

Publicado em 23/10/2018
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O músico Caetano Veloso entrevistou o britânico Roger Waters, na noite de segunda-feira (dia 22), em sua casa no Rio de Janeiro. O ex-integrante da banda Pink Floyd segue em turnê pelo Brasil com apresentações e fará um show na capital fluminense nesta quarta-feira (dia 24).

“O assunto foi o fascismo, claro, a onda que está vindo no mundo inteiro e agora no Brasil, com Bolsonaro”, afirmou ao UOL a produtora Paula Lavigne, esposa de Caetano Veloso. O resultado das gravações será exibido nesta quarta-feira (dia 24), na próxima coluna do cantor baiano no site Mídia Ninja. A relação entre Caetano Veloso e Roger Waters ficou mais próxima no ano de 2015, quando o ex-Pink Floyd enviou uma carta ao cantor baiano, pedindo para que o músico cancelasse seu show em parceria com Gilberto Gil em Tel Aviv, em Israel, por razões políticas.

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 “As políticas coloniais e racistas de Israel têm devastado a vida de milhões de palestinos (…) Eu imploro a você [Caetano] para não proceder com sua participação”, escreveu o artista britânico numa segunda mensagem.

Caetano Veloso, então, agradeceu Roger Waters pelos esclarecimentos sobre política na região, mas explicou que a apresentação não seria cancelada. O show de Caetano Veloso e Gil ocorreu em julho de 2015 com público de 8 mil pessoas presentes e sem manifestações políticas. “Decidimos não cancelar o show porque preferimos falar, dialogar e também porque queríamos aprender mais. Estive em Israel várias vezes e sempre amei este lugar. Mas sei que a situação é difícil e dura”, declarou Caetano, na época.

Roger Waters faz homenagem a mestre capoeirista morto por eleitor de Bolsonaro

O cantor britânico Roger Waters surpreendeu o público que assistiu mais um show da sua turnê pelo Brasil, na Arena Fonte Nova em Salvador, nesta quarta-feira (dia 17). O músico prestou uma homenagem ao mestre capoeirista Moa do Katendê, morto no último dia 7 após ser esfaqueado durante uma discussão política com um eleitor do candidato à presidência Jair Bolsonaro.

O tributo de Roger Waters aconteceu próximo ao encerramento da apresentação, marcado por muita emoção. “Eu quero apenas ter um momento para relembrar um dos seus. Esse é um grande artista local. Ele foi brutalmente assassinado durante o processo eleitoral e era um grande exemplo para todos nós em espalhar amor, humanidade e coragem”, afirmou Waters.

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Em seu perfil no Instagram, o ex-integrante do Pink Floyd agradeceu ao público e voltou a prestar homenagem a Moa. “Lembrem-se do mestre Moa. Obrigado por uma noite emocionante, Salvador”, escreveu na legenda da publicação.

Assim como nos shows anteriores, um dos pontos mais polêmicos da apresentação foi quando Waters realizou um protesto contra Jair Bolsonaro. O nome do militar aposentado foi mantido na lista de personalidades mundiais que o músico considera serem neofascistas junto à mensagem “ponto de vista político censurado.”

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