Desde o ano de 2014 quando estourou no cenário musical brasileiro, Ludmilla vem galgando novos desafios ano após ano. A artista já chegou a gravar quatro álbuns, lotou apresentações e tem mais de 5 milhões de inscritos em seu canal no Youtube. Capa da revista Glamour deste mês, a cantora falou na última segunda-feira, dia 9, sobre sua trajetória e dos desafios que enfrentou.
“Precisei abdicar de muitas coisas pra chegar aqui: da minha juventude, do meu tempo e até da minha orientação sexual, que escondi por muito tempo” declarou a funkeira, que assumiu neste ano seu relacionamento com a bailarina Brunna Gonçalves.
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Feminista assumida, a artista contou ainda que cantar funk lhe ajudou a encarar a figura feminina de outra maneira.
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“Quando ouço funk, gosto de falar sacanagem. Quando vou ouvir música para refletir, vou escutar Caetano. Começaram a me apontar o dedo dizendo que eu era menos mulher por fazer o que eu gosto de fazer. Aí pensei: Melhor parar, até as meninas tão me apontando o dedo, lembra“.
Mesmo assim, ela decidiu seguir em frente, tentando não levar em consideração os comentários negativos.
“Eu sou pouco ideia. Às vezes eu leio um comentário ruim eu dou uma xingada, mas estou tentando parar com isso e agora eu só bloqueio mesmo.”
Ludmilla acrescenta ainda que o diálogo é a melhor maneira que ela encontra pra lidar com um comentário preconceituoso, principalmente quando ele é de origem machista.
“A maioria dos caras vive em um bando que fala de cerveja, bundas e coxas. Não estou generalizando, mas quando tem uma amiga mulher que tá ligada no rolê e começa a conversar, eles dão uma mudada. Tenho um exemplo na família de um cara muito machista, não suportava gay, achava que toda mulher que usa short curto tem que mexer… Eu poderia ficar com raiva e gritar, mas expliquei pra ele. Não é porque uso short curto que tenho que ser menos respeitada que uma mulher que usa uma saia lá embaixo”, conclui.