“Ele era um predador sexual”, afirma advogada que denunciou Michael Jackson

Publicado em 06/02/2019
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Uma das advogadas mais prestigiadas dos Estados Unidos, Gloria Allred comentou novamente sobre seu delicado episódio com o cantor Michael Jackson. A jurista foi aos tribunais, nos anos de 1993 e 2002, após mover um processo contra o cantor devido a denúncias de pedofilia e abuso sexual. O cantor que é tido o rei do pop faleceu em 25 de junho de 2009, em Los Angeles.

Numa entrevista ao site TMZ, Gloria Allred declarou que Michael tinha o “comportamento de um predador sexual e um pedófilo”: “Há várias acusações sérias sobre pedofilia contra Michael Jackson, e ele pagou milhões de dólares em acordos [judiciais]. E isso tem que fazer parte do seu legado, além da música. Quem ele molestou ninguém sabe, mas eu acredito que ele era um predador sexual” afirmou Gloria.

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A advogada é a autora de duas ações penais contra o artista. No ano de 1993, a jurista representou o jovem Jordan Chandler, que havia acusado o cantor norte-americano por abuso sexual e obteve um acordo final de US$ 20 milhões de indenização.

Nove anos depois, em 2002, a jurista chegou a escrever uma carta para as autoridades dos Estados Unidos pedindo para que o cantor fosse investigado. A advogada foi incentivada pelo incidente em que o cantor mostrou seu filho na varanda do quarto andar de um hotel em Berlim de maneira perigosa.

As polêmicas em torno da carreira do cantor, que morreu no ano de 2009, voltaram a circular depois da exibição do documentário “Leaving Neverland”, que relata todos os abusos que Michael Jackson teria cometido contra crianças.

5 momentos chocantes do documentário sobre a suposta pedofilia de Michael Jackson

O documentário Leaving Neverland vem causando grande polêmica. O longa traz depoimentos de homens adultos que garantem terem sido abusados por Michael Jackson durante sua infância.

O filme, que nos últimos dias teve exibição no Festival de Sundance, acompanhou principalmente dois casos, o de James Safechuck e Wade Robson. Na época dos supostos abusos, as supostas vítimas tinham entre 7 e 10 anos.

No documentário, os homens descreveram abusos explícitos que teriam acontecido por parte de Michael Jackson, com detalhes. Dentro os depoimentos, há cinco momentos que são realmente chocantes. Confira abaixo:

Casamento de Mentira

Safechuck defende no documentário que sempre gostou de joias na infância e pré-adolescência. Sabendo disso, Michael Jackson levaria a suposta vítima em diversas joalherias e lojas para comprar peças. A desculpa do astro pop seria que as pequenas mãos do garoto eram perfeitas para medir com as de suas namoradas.

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Uma dessas joias teria sido um anel de diamantes. O que chama atenção é que a entrega dele teria sido em uma cerimônia de mentira, onde Michael Jackson e Safechuck teriam até trocado votos.

Mensagens amorosas por fax

Já Robson afirma que na década de 80 ganhou uma máquina de fax de Michael Jackson. A peça, na época, era considerada uma das mais modernas da tecnologia. Segundo o acusador, a intenção do cantor seria a de enviar mensagens amorosas.

“Eu amo você pequeno. Me faça feliz e seja o melhor”, diziam algumas das mensagens.

Várias mensagens chegaram a ser mostradas em algumas montagens do filme. O documentário revela ainda que Michel Jackson chegou a fazer até desenhos para Robson. A mãe da suposta vítima explica que o cantor tinha as paredes do seu quarto decoradas com as mensagens.

Neverland era uma cama gigante

Um ponto importante é que Leaving Neverland dá uma outra conotação para o famoso rancho de Michael Jackson. Segundo depoimentos de Safechuck, o local foi construído com inúmeras camas escondidas para que os abusos sexuais pudessem acontecer.

Safechuck defende que o cinema do cantor na mansão possuía uma “caixa privada”, que continha apenas uma única entrada que ninguém poderia ver; outra na estação de trem de Neverland; e ainda um flat com diversas tendas espalhadas. A suposta vítima também defende que as piscinas eram os locais para brincadeiras de sexo oral.

Destruição de provas

As acusações de Robson e Safechuck são consideradas bastante graves e por isso, todos querem saber onde estão as provas. Robson garante em depoimento que a maioria delas foram destruídas.

Michael Jackson se encontrou com Robson, no ano de 1997 e o garoto, na época, tinha 14 anos. Durante a History World Tour, o menino foi ao quarto do cantor e um último incidente aconteceu, com o famoso tentando penetrar a suposta vítima.

Como a ação se tornou dolorosa para o jovem, Michael Jackson acabou desistindo. Porém, as roupas de Robson ficaram manchadas com sangue. No dia seguinte, uma secretária telefonou para o menino e pediu para que ele se encontrasse novamente com o cantor. Michael Jackson então ordenou para que Robson se livrasse imediatamente das roupas.

Um importante detalhe é que nessa época, Michael Jackson já era acusado de ter cometido abusos em menores de idade.

Treinamento para não ser pego

Segundo Safechuck, Michael Jackson criou uma série de técnicas para evitar ser pego em suas relações sexuais com crianças. Sinos eram instalados nas portas da suíte do cantor, que sinalizavam quando alguém estava se aproximando.

Durante os shows, Jackson ainda teria usado “pregas” em suas vestimentas que lhe ajudavam a se vestir mais rápido, impedindo que qualquer pessoa lhe pegasse desprevenido. O documentário será exibido no primeiro trimestre de 2019 pela HBO.

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