Wanessa admite que teve problemas de identidade na carreira: “Um grande erro”

Publicado em 17/08/2020
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Após as recentes polêmicas envolvendo Wanessa Camargo e o processo de partilha de bens da família, a filha do sertanejo Zezé di Camargo, falou no novo episódio de “W.Doc“, sobre o álbum 33, ançado em 2016, que foi anunciado como o disco que marcava a volta de Wanessa ao sertanejo. Para a cantora, esse rótulo foi o grande erro.

Eu sempre disse que não gostava de me rotular, que cada CD que eu lançava retratava sobre aquele determinado momento que eu estava vivendo. Então, lógico que o meu público que vem do “DNA”, olha e pensa ‘O que é que é isso?‘”, disse a cantora.

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A cantora Wanessa Camargo (FOTO: Reprodução)

Ela inda revela que o disco passeia por vários ritmos e colocá-lo na “prateleira” sertaneja impossibilitou que muitas pessoas tivessem acesso ao trabalho. “Isso foi um erro. Porque o CD tem várias vertentes, inclusive, a sertaneja. Então, esse rótulo foi um grande erro. Não permitiu que as pessoas pudessem ouvir o “33” e entenderem sem rótulos. Eu deveria ter falado, ‘não, gente, não vamos rotular’, mas acabei pensando: ‘Ok, isso é o que deve ser feito, então é o que vai ser feito’. Agora, eu não me defino mais, eu sou plural. Rótulo limita a gente e eu não sou artista de estar em um lugar só.”

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Wanessa enalteceu o projeto 33 para a sua carreira, explicando que foi um divisor de águas para a sua carreira: “Esse projeto conseguiu me colocar de novo no mercado popular e transitar entre as duas vertentes. Eu queria que as pessoas também lembrassem que eu era uma cantora de música popular. A música “Coração Embriagado” cumpriu muito bem esse papel.”

A cantora também relembrou alguns shows e explicou como se sentiu ao voltar a fazer shows em grandes festivais: “Tivemos shows incríveis, como em Barretos, que fiz uma dobradinha com Maiara e Maraísa. Um dos palcos mais legais que tive a oportunidade de estar nessa era, foi na festa das Patroas, em Belo Horizonte. É uma responsabilidade muito grande dividir o palco com Marília Mendonça e Maiara e Maraísa.”

Eu pude resgatar todo um sertanejo raiz, que fez parte da minha formação, pude resgatar “Amigos”, cantei galopeira. As pessoas nas redes sociais estavam dizendo que iriam para o banheiro na hora do meu show, mas foi um show muito especial, o público começou morno, mas depois eles se conectaram“, completou.

Wanessa falou como terminou essa era, e que é muito grata pelo trabalho com a Work Show. “Aí eu vi que no próximo álbum eu tinha muitas ideias novas e decidi seguir independente. Mas sou muito grata pela Work Show. É um trabalho que eu aprendi a ser mais maleável, a compartilhar, as decisões, eu tenho muito orgulho do 33. É um álbum de transição para novos caminhos. É um trabalho que para muita gente é incrível, para outros não. Porque é muito diferente do que estava fazendo no DNA, mas acima de tudo, é um álbum muito romântico. Eu adoro“, explicou.

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