Morta em 2012, Whitney Houston era bissexual. Foi inserida nas drogas pelos irmãos ainda na infância. Tentou desesperadamente abandonar o vício das drogas por causa da filha, que mais tarde também se renderia ao vício.
Esses são os
fatos de “Whitney: Can I Be Me”, documentário do diretor Nick Broomfield que
estreou no Brasil em 2017 no festival In-Edit, também conhecido como o filme
que a família da cantora tentou brecar.
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Para decupar
a história de uma das artistas mais bem-sucedidas da história da música,
Broomfield conversou com guarda-costas, backing vocals, cabeleireiros,
empresários e todos que de alguma forma estavam no círculo social da artista.
O resultado
é um retrato íntimo e trágico de alguém que por anos foi forçada a esconder sua
verdadeira personalidade em nome da estrela Whitney Houston.
Confira as principais revelações do filme:
Relacionamento com outra mulher
Pessoas próximas a Whitney afirmam a cantora manteve por anos um relacionamento com Robyn Crawford, sua assistente pessoal, uma antiga amiga do irmão mais velho da artista que chegou a dividir apartamento com ela no começo da carreira. Robyn se tornou a melhor amiga, anjo da guarda e, segundo declarações, amante da estrela. Formou um triângulo amoroso com o marido da cantora, Bobby Brown. De acordo com o diretor Nick Broomfield, a família sempre se esforçou em deletar Robyn da história da Whitney. Hoje uma mãe de família, Robyn, que é mostrada no documentário em uma entrevista de 1999, nunca falou abertamente sobre seu relacionamento íntimo com a estrela, que não seria lésbica, mas sim, bissexual.
Cissy Houston, mãe de Whitney, não aceitava o relacionamento
A mãe da cantora, Cissy Houston, descrita como uma mulher rígida e religiosa, não aceitava que Whitney tivesse um romance homoafetivo, e isso entristecia profundamente a filha. O documentário sugere, inclusive, que, caso a Cissy tivesse outra postura, Whitney teria se entregado menos as drogas e, provavelmente, ainda estaria viva. Robyn era uma figura muito importante na vida da cantora. A orientava e a mantinha nos trilhos. “Ela foi se tornando cada vez mais reclusa e menos capaz de lidar com o que estava acontecendo. Ela era uma alma sensível, e, sendo ridicularizada na imprensa, isso apenas se exacerbava”, disse Broomfield em entrevista.
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A péssima relação com o marido Bobby Brown
“Whitney: Can I Be Me” aponta que Whitney Houston pode ter inserido Bobby Brown ao mundo das drogas, começando pelo álcool, depois a substâncias mais pesadas. O casamento durou 15 anos e acabou se tornando altamente tóxico. Broomfield diz que grande parte do dinheiro acumulado pela cantora foi usada com drogas e não só por ela, mas também por familiares dela e de Brown. “Ela estava sempre tão preocupada com que todos a seu redor estivesse felizes que se dispunha a gastar todo o dinheiro.”
Irmãos inseriram a cantora no mundo das drogas
Outra questão abordada no filme: Whitney Houston teria conhecido as drogas por incentivo dos irmãos Michael e Gary Houston, que começaram a usar quando a família se mudou para East Orange, em New Jersey, nos anos 1960, quando a artista ainda era criança. Em filmagem utilizada no longa, os dois irmãos lembram que eram muito unidos e faziam tudo juntos. “Quando você entra nas drogas, você também faz isso junto”, diz Michael. Em outro momento, Gary assume que usou heroína aos dez anos de idade: “Eu via gente que eu respeitava usando drogas, em suas melhores fases”, relembra ele.
Tentou largar as drogas por causa da filha
Em uma das cenas do filme, Whitney e o marido Bobby Brown aparecem jantando em um restaurante, e ela começa a chorar quando a conversa cai em Bobbi Kristina, filha do casal. “Estou preocupada com ela. Eu a amo tanto”, diz a cantora, chorando. Em entrevista, Carrie Starks, assistente social, diz que Whitney queria apenas ser uma pessoa normal, longe do vício. “Ela não se importava com roupas ou carros chiques. Ela me disse: ‘Eu quero largar as drogas para poder ser uma mãe para minha filha’.” Bobbi morreu em 2015, aos 23 anos, em uma combinação de intoxicação de drogas e afogamento, apenas três anos após a morte da mãe.