Em entrevista ao portal G1, o advogado de Toninho Geraes explicou a demora para notificar Adele sobre plágio no hit Mulheres, de Matinho de Vila. A faixa reproduzida pela cantora seria Million Years Ago, do disco 25, lançado em 2015.
De acordo com o advogado Fredímio Biasotto Trotta, a ação demorou tanto para ser lançada porque Geraes não estava familiarizado com a faixa de Adele até 2020, quando o produtor musical Misael da Hora chamou atenção para a obra.
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“Não fosse o Misael da Hora ter ouvido numa festa uma execução da canção e imediatamente presumido se tratar de uma versão (autorizada) da obra original, é bem possível que o Toninho até hoje não soubesse da existência do plágio”.
Trotta também revelou que já foram emitidas três notificações neste ano em relação ao caso. A primeira foi feita ainda em fevereiro, para a Sony Music, que afirmou que o caso deve ser tratado diretamente com Adele e sua gravadora no Reino Unido, a XL Recordings. Depois disto, eles tentaram contato com os britânicos por duas vezes em maio, mas não obtiveram nenhuma resposta.
Por isso, agora eles devem partir para uma ação legal mais séria, embasada por laudos técnicos e depoimentos públicos que comprovem a semelhança entre as duas canções e que o plágio realmente ocorreu.
Toninho deve pedir na ação uma indenização por danos morais, parte dos royalties que a música já rendeu nos anos desde seu lançamento e os lucros obtidos pelas gravadoras responsáveis pela faixa, mesmo que indiretamente. Ele também pede para ser creditado como coautor de Million Years Ago.
Produtor de Adele acusado de plagiar hit de Martinho da Vila é fã da música brasileira
Nesta sexta-feira (10), a Revista Veja publicou uma nota mencionando o compositor Toninho Geraes, respeitado criador na cena do samba e responsável pelo hit “Mulheres“, acusou Greg Kurstin de plágio, pela música “Million years ago”, lançada por Adele em 2015.
Porém, de acordo com o EXTRA, além de admirador da cultura brasileira, o americano tem amplo conhecimento sobre nossa música, o que deixou claro recentemente, quando publicou no Twitter um registro em vídeo de “Coração vulgar”.
Vale ressaltar que ele compartilhou a faixa apenas um mês depois do advogado de Toninho Geraes, Fredímio Biasotto Trotta, enviar duas notificações extrajudiciais a Adele, à gravadora XL Recording, à Sony Music, e a Kurstin.
Além disso, no perfil de Greg Kurstin no Spotify, tem uma biografia na qual conta que se mudou para Nova York após o colegial, onde passou a estudar a música brasileira. Inclusive, Kurstin aprendeu a tocar berimbau. O texto diz que isso “influenciou grande parte do ecletismo que definiu sua carreira”.
Adele é processada por compositor de Martinho da Vila em suposto caso de plágio
Nesta sexta-feira (10), a Revista Veja publicou uma nota mencionando o compositor Toninho Geraes, respeitado criador na cena do samba e responsável pelo hit “Mulheres“, que reuniu provas e acaba de entrar com uma ação judicial contra Adele. A acusação é de plágio, Geraes afirma que a faixa, eternizada na voz de Martinho da Vila, teve trechos substanciais copiados pela cantora britânica no disco “25”, mais precisamente na música “Million Years Ago”.
“Fiquei estarrecido quando me dei conta. A melodia e a harmonia são iguais, é uma cópia escancarada”, disse. Duas notificações extrajudiciais foram encaminhadas à Adele, ao coautor da canção, Greg Kursin, à gravadora XL Recordings/Beggars Group e ao grupo Sony Music, de acordo com a afirnação da revista. Os advogados de Geraes defendem que há 88 compassos com indício de cópia, o que somaria 3:02, cerca de 87% do tempo total de duração da faixa.
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“Nossa intenção era tentar um acordo, mas diante do silêncio, recorremos à Justiça”, resposta da Sony Music que a única das partes a entrar em contato, afirmando que a questão e seus respectivos desdobramentos seguem nas mãos da gravadora britânica e da própria Adele. Lançada em 1995, “Mulheres” faz parte do disco “Tá Delícia, Tá Gostoso”. Na internet, as comparações já existiam há algum tempo. Fãs mais atentos chegaram a criar um mashup com as faixas.