Figura marcante em ballets de artistas de grande expressão no país, Thaii Morango já dançou ao lado da Anitta, Pabllo Vittar, Preta Gil, Tiago Abravanel e outros artistas. A ruiva que é referência como bailarina plus-size no mercado da dança brasileiro e foi apelidada por Marcos Mion de “Gordinha Mais Leve do Brasil”, já se apresentou em palcos como Prêmio Multishow e o extinto Legendários na Record TV, foi vítima de um golpe de estelionato.
No dia 24 de janeiro deste ano (2021) a artista se hospedou com uma amiga no hotel Casa Nova, na Lapa, para realizar gravações de conteúdos para as redes sociais. Lá conheceu um hóspede, que supostamente se chamava “Oswaldo” e sem maldade firmaram uma amizade. Thaii então passou mais alguns dias no estabelecimento e o golpista que se passava por policial federal e empresário ofereceu a venda de iPhones 12 com preços acessíveis. A digital influencer se interessou pelos celulares em busca de uma melhor qualidade para seus vídeos e fotos.
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Morango e “Oswaldo” conversaram bastante sobre a compra dos aparelhos telefônicos até que a dançarina resolveu comprar três unidades pelo valor de R$ 8.000,00 cada. Assim foi feito através de transferência por Pix no mesmo instante. Durante a estadia no hotel, Thaii que estava com uma hemorragia por conta de problemas hormonais passou a se sentir pior e comentou com o suposto vendedor.
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Em outro momento, o estelionatário – que tinha, curiosamente, acesso ao quarto de Morango por conta de acesso livre aos quartos do hotel – “invadiu” o quarto da mesma com um “remédio” que a faria melhorar, além de uma arma na mão, apontando para a cabeça da mesma em forma de brincadeira. Acuada, a bailarina aceitou e tomou o remédio fazendo com que o golpista entrasse em ação.
Depois de todo esse transtorno, Thaii Morango continuou tendo hemorragia e neste momento o golpista ofereceu para acompanha-la ao hospital. Após passarem a noite no hospital, voltaram ao hotel. Dopada e sem entender o que estava acontecendo de fato, com a conta bloqueada, a mesma foi induzida pelo hóspede a ir ao banco e lá, colocou suas senhas no aplicativo do banco pelo celular, e transferiu todo o dinheiro (tanto da conta corrente, quanto da poupança e do cheque especial) para uma conta de terceiros. Após essa ação, ocorreu o bloqueio do aplicativo do banco no celular da artista. “Ele pegou meu celular e repetiu o mesmo processo de errar senha até bloquear e deixou eu colocar a minha. Na volta pro hotel, ele pegou meu celular e fez na minha frente outras transações de pix. Eu vi tudo. Eu estava sentindo que algo estava errado e resolvi voltar pra casa, não peguei mala nem nada.”, conta a bailarina.
Quando a “Gordinha Mais Leve do Brasil” foi para casa, “Oswaldo” descobriu onde ela morava através de informações passadas pela amiga que estava com eles no hotel e apareceu por lá, com uma bolsa com telefones e 30 mil reais em dinheiro. Após a saída do homem de sua casa e quando voltou ao estado normal, Morango se deu conta que tinha sido vítima de um golpe. Ao entrar em contato com “Oswaldo”, ele não a atendia e nem respondia suas mensagens. A artista estava bloqueada no WhatsApp.
Passou-se algum tempo e a mesma conseguiu entrar em contato com o suposto amigo que “vendeu” os celulares. Ele prometeu enviar os aparelhos acordados. Da agência dos correios o mesmo enviou vídeos, mostrando diversos smartphones da marca Apple sendo embalados e enviados pelo correio provando a veracidade da compra. Quando a encomenda chegou à casa da artista, ao abrir, deparou-se, com blusas de uma marca de roupas masculina.
Thainá realizou um boletim de ocorrência ao ser orientada por seus advogados, da Fradema Consultores, que disseram: “Golpistas, como o mencionado, deixam rastros de devastação por onde passam. São nocivos. Acreditam na impunidade e cultivam vítimas sem hesitação quanto às consequências. Para impedir que outras pessoas sejam prejudicadas, não é suficiente a simples atuação investigativa da Polícia Judiciária. É necessário que a sociedade aja, por si, como um eficaz sistema imunológico. Trata-se de um criminoso que usa outras identidades, mas que não esconde o rosto. É uma pessoa que leva um estilo de vida riqueza, que ostenta recursos financeiros nas redes sociais, que gosta de personificar a imagem de poder e de autoridade, como a identidade de um policial, ou de sucesso financeiro, como a de um grande empresário, que vive em hotéis, sem domicílio certo, que seduz vítimas na menor visão de abertura, de forma direta e sem timidez, e que migra frequentemente para novas áreas. A vida atual dele é o estelionato e ele não pretende parar. Por isso, a melhor forma de obter justiça e impedi-lo de causar mais prejuízos é convocar as vítimas e outras pessoas que o conheçam fisicamente ou nas redes sociais, coletar o máximo de informação sobre sua identidade e seu modo de operar e alertar o público em geral sobre esse antígeno. Qualquer informação que leve à localização e à prisão dele será bem-vinda”, esclarece Dr. Luiz Primo. O caso segue em investigação.