Marilyn Manson foi acusado de abuso sexual, psicológico e físico por 15 mulheres, e uma delas é Ashley Morgan Smithline. Segundo divulgado pela People, ela detalhou uma série de violências que sofreu ao longo de seu relacionamento de dois anos com o cantor de 52 anos. A matéria foi publicada pela Revista Monet.
Smithline conheceu o Warner em meados de 2010, enquanto ela trabalhava como modelo na Ásia. O artista ofereceu a ela um papel em um filme que ele estava fazendo – e logo a relação deles deixou de ser apenas profissional. “Ele me atraiu com sua inteligência sem fim”, disse a atriz. “Ele parecia brilhante, e ainda acho que ele é assim.”
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Smithline relembrou que, quando ela estava fora dos Estados Unidos, Warner lhe pedia para trazer artefatos nazistas (a atriz, inclusive, tem descendência judia), e tratava essa questão como uma mera brincadeira entre os dois. “Eu acho que, naquele ponto, eu já estava coagida o suficiente para sentir que ele não iria gostar de mim se eu não trouxesse essas coisas. Se eu soubesse que as armas seriam usadas em mim, eu acho que teria sido muito estranho”, contou.
A atriz acabou se mudando para o apartamento de Warner em Hollywood no final de 2010. Segundo ela, os abusos começaram junto com as gravações do filme do cantor: além de forçá-la a trabalhar até de madrugada, em certa ocasião, o artista chicoteou as costas dela enquanto ela estava deitada nua na cama dele.
Smithline também contou que, na primeira vez em que foi estuprada, Warner amarrou os braços dela enquanto ela dormia. “Ele ficava me dizendo: ‘Você não pode estuprar alguém por quem está apaixonado’”, relembrou a artista.
O cantor ainda a cortou com uma faca que trazia uma suástica nazista e marcou as iniciais dele na coxa dela, o que deixou cicatrizes. Além disso, ele forçou a atriz e modelo a fazer um pacto de sangue. “Ele me cortou na barriga e depois bebeu meu sangue. Então, ele me fez beber o dele”, contou Smithline. “Quanto mais eu o deixava me machucar, mais eu o amava e mais eu estava me provando para ele”, disse a artista, que acredita ter sofrido uma espécie de “lavagem cerebral” ao longo de seu relacionamento. “Eu sobrevivi a um monstro”, ela também apontou na entrevista.
Outro abuso que a Smithline relembrou foi as vezes em que Warner a trancou em uma caixa de vidro à prova de som no quarto dele. Segundo a artista, o músico dizia que trancava “meninas más” ali. Ela estima ter sido presa nessa caixa mais de 100 vezes.
“A certa altura, eu perguntei a ele: ‘Você quer que eu me mate? Você quer que eu simplesmente me mate?’”, relembrou a atriz na entrevista, também apontando que Warner a incitou a consumir álcool e cocaína e que, certa vez, atirou uma faca contra ela.
Smithline acabou deixando Warner em 2013. No entanto, ela sente que começou a se curar de alguns traumas apenas no final de 2020, quando várias outras mulheres – como as atrizes Evan Rachel Wood e Esmé Bianco – também declararam que foram vítimas de abuso por parte do cantor. “Estando com as outras garotas, esses sentimentos de culpa e vergonha diminuíram”, disse.
Atualmente, Marilyn Manson está sendo investigado pelo Departamento de Polícia de Los Angeles. O cantor perdeu o contrato com sua gravadora após os relatos de violência e abuso se tornarem públicas.
O músico, no entanto, nega as acusações. “Obviamente, minha vida e minha arte sempre foram ímãs para polêmica, mas essas recentes afirmações sobre mim são distorções horríveis da realidade”, ele defendeu em um comunicado postado em seu Instagram. “Minhas relações íntimas sempre foram inteiramente consensuais com parceiras que pensam como eu. Independentemente de como – e por que – os outros estão optando por deturpar o passado, essa é a verdade.”