O compositor Sergio Carrer, conhecido como Feio, concedeu uma entrevista ao podcast de Clemente Magalhães, o ‘Papo com Clê’. O episódio foi ao ar na última quarta-feira (01), está causando muita polêmica, isso porque o rapaz revelou uma mágoa com a dupla Sandy e Junior. Vale ressaltar que ele é o autor dos clássicos ‘Imortal’ e ‘Vamo Pulá!’.
“Eu tenho um amor muito grande por Sandy e Junior. Sempre estive presente como se fosse um segundo pai, mas ninguém reconhece isso. Quem sabe da minha vida e de quanto lutei por essas crianças desde o primeiro disco, ou um pouquinho antes, quando gravei, em 1985, o ‘Pé na Estrada’, via como me entregava de corpo e alma para eles. E hoje, vendo a live dos dois ou um programa de televisão, observo outros produtores, que talvez tenham feito apenas fonograma depois de todos os sucessos de que fiz parte, batendo no peito e falando: ‘Eu produzi isso e aquilo’. Mas não vem nenhum agradecimento para um tal de Feio ou Julinho Teixeira, já que nós estávamos lá, desde o início, sofrendo. Acho triste”, relatou.
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
Contudo, o Sergio ainda afirmou que fica feliz vendo a conquista dos irmãos até hoje: “Vibro até hoje e ainda sonho com eles. Infelizmente, tenho esse coração bobo. Se um dia virem essa mensagem, que caiam neles a consciência e o bom senso. Isso eu tenho!”. Ao longo do bate-papo, que durou cerca de 1h30, nem o Xororó ficou de fora: “Quando ouviu ‘Vamo Pulá!’, disse: ‘Essa música é uma porcaria, Feio’. Respondi, pedindo: ‘Acredite em mim, ela vai ser sucesso“, finalizou Sergio Carrer.
Sandy e Junior já lançaram música hilária sobre o pênis
No início da turnê comemorativa da dupla, Sandy e Junior causaram grande repercussão ao mudar o final da letra de Maria Chiquinha no show realizado em Fortaleza no mês de julho. A música que os catapultou ao estrelato em 1989 foi improvisada de última hora durante a turnê Nossa História e teve que se adaptar aos novos tempos.
No show, ao invés de dizer “O resto? Pode deixar que eu aproveito” no fim da canção, Junior mandou um recado politicamente correto: “Para com isso. Isso não é mais aceitável. Não são mais os anos 90. Não vou fazer nada com o resto. Deixa em paz a Maria Chiquinha. A Maria Chiquinha faz o que ela quiser no mato”.
Inspirados pela iniciativa de Sandy e Junior, o UOL divulgou outras músicas além de Maria Chiquinha que não seriam aceitáveis nos dias atuais. As canções fazem parte do começo da carreira deles e, por isso, carregam os valores e a cultura dos anos 80 e 90.
De todas as canções, uma chamou bastante atenção por narrar o crescimento de um garoto e sua relação com o próprio pênis, o “pinguilim”.
“Se pinta uma garota que ele fica afim / Já quer mostrar o seu pinguilim / Meu pinguilim, meu pinguilim / Quero brincar com meu pinguilim” cantam os irmãos na música que fez parte do álbum Pra Dançar Com Você, de 1994.
Sandy e Júnior também chegaram a cantar letras que sugeriam assuntos mais delicados como a violência contra as mulheres, o uso da palmada como instrumento educativo e abordavam também o mal trato aos animais.
“Quando volta me tapeia só pedindo o meu perdão” canta Sandy na canção “Resposta da Mariquinha”. Música do álbum “Sábado a Noite” de 1992.
“Não jogue videogame e coma toda a comida senão apanha no traseiro” diz a letra da canção “Ser Criança” do álbum “Pra Dançar Com Você” de 1994.
“A galinha faleceu e virou assombração / E toda noite na Fazenda Chico Bento / O fantasma da galinha que morreu no tratamento” canta Sandy numa música chamada “Fazenda Chico Bento”. Na canção de 1991, a perna da galinha é cortada com um facão e o bichinho morre e vira uma assombração.