Freddie Mercury viveu um romance de alguns anos com Mary Austin e chegou a dizer que ela era o grande amor da vida dele. Mary nunca foi de aparecer na mídia, mas foi uma das poucas pessoas que ficou até o último momento ao lado de Freddie, mesmo não estando em um relacionamento com ele mais.
Hoje, Austin mora em uma mansão, em um dos bairros mais caros de Londres, rodeada por muros que atraem todo ano pessoas do mundo inteiro. Com a estreia do filme Bohemian Rhapsody, que mostra a vida de Freddie Mercury e sucesso dele com a banda Queen, da alguns detalhes sobre a vida privada de Mary com o astro. Uma das revelações sobre a morte do cantor, é que ele deixou quase toda sua fortuna para a amada.
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Mesmo com quase 30 anos após a morte de Freddie, seu poder de atração não diminuiu. Para alguns analistas, até cresceram. Contabilizando os CDs que o Queen vendeu nos Estados Unidos, mais de 32 milhões, metade foi após a morte do vocalista. Para muitos, com seu falecimento nasceu a atração pelo astro, essa estrela que faz com que as vendas de um artista atinjam o topo quando o ídolo se vai. Foi assim com Michael Jackson e Whitney Houston. Mary Austin, a mulher que Freddie Mercury considerou sua “esposa”, é hoje completamente rica e recebe milhões anualmente pelos direitos autorais do cantor.
De acordo com o documentário Freddie Mercury: The Untold Story, Freddie e o guitarrista Brian May frequentavam nos anos 70 a butique londrina Biba. Eles iam até lá para olhar as balconistas, conhecidas na cidade por sua beleza (Anna Wintour, hoje diretora da Vogue USA e mulher mais poderosa do mundo da moda, trabalhou na butique quando jovem). Uma delas era Mary, que Freddie costumava esbarrar na loja antes de começarem a sair juntos.
Como um casal, Freddie e Mary moraram juntos durante seis anos. Mas nunca se casaram oficialmente. Ele disse para ela que era gay em 1976, mas Mary tinha declarado que havia reparado um comportamento diferente nele durante dois anos. “Sabia que não estava sendo sincero consigo mesmo”, disse ela depois.
O artista se separou dela e saiu do apartamento que dividiam em West Kesington (Londres) já como cantor mundialmente famoso e rico. Ele comprou uma casa para Austin e lhe deu emprego como sua assistente pessoal. Freddie se mudou para uma casa na Stafford Terrace, onde morou antes de se mudar para seu último lar. Ficava perto do apartamento de Mary. Segundo declarações, de lá ele podia inclusive ver a casa de Mary.
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Então, Mercury começou a ter relações mais frequentes com outros homens. Alguns de um jeito mais rápido como a que manteve com o DJ Kenny Everett, outros totalmente amorosos como Jim Hutton esteve com ele desde 1985 até sua morte. Mas o cantor se pronunciava sempre a Mary como “minha esposa”. “Para mim, foi um casamento. Acreditamos um no outro. Todos os meus amantes me perguntaram por que não poderiam substituir Mary. Porque simplesmente é impossível”, declarou o artista.
Assim como
Freddie, Mary também refez sua vida amorosa. Teve dois filhos com um empresário
chamado Piers Cameron. Freddie foi até padrinho do primogênito, Richard. O
segundo, Jamie, nasceu após o falecimento do cantor. Com seu testamento, que se
tornou público em maio de 1992, soube-se que o ícone deixaria a Mary sua mansão
de Garden Lodge, avaliada em 22,5 milhões de euros na época (cerca de 94,5
milhões de reais), e a metade de sua fortuna (e futuros valores referente a
seus direitos autorais), inicialmente estimada em mais de nove milhões de euros
(37,8 milhões de reais).
Para seu parceiro, Jim Hutton, Freddie deixou 560.000 euros (certa de 2,5 milhões de reais). O mesmo valor para seu assistente pessoal, Peter Freestone, e para seu cozinheiro, Joe Fanelli. Para sua irmã, deixou os 25% restantes de seu patrimônio. E aos pais, hoje falecidos, outros 25%.
Mary Austin permanece morando em Garden Lodge, a casa de Londres onde Freddie Mercury viveu seus últimos anos e faleceu, perto da estação Earl’s Court do metrô. É uma mansão com 28 aposentos e um imenso jardim. Foi a própria Mary que a escolheu para Freddie. Mas o que seria um sonho acabou sendo para ela, segundo declarou numa entrevista em 2000, a pior etapa. “Os meses posteriores à morte de Freddie foram os mais solitários e difíceis de minha vida. Tive muitos problemas para aceitar que ele tinha ido embora e tudo o que tinha me deixado.” Tornar-se milionária de repente e lidar com uma mansão e todos os funcionários não foram seus únicos problemas. Como era de se esperar, outros familiares e amigos de Freddie não entenderam por que ela havia ficado com metade da fortuna do cantor.
Jer Bulsara, mãe do cantor, que morreu em 2016, concedeu em 2012 (aos 90 anos) uma entrevista para o Daily Telegraph pontuando que, ao menos de sua parte, não havia nenhum tipo de rancor pela decisão do filho. “Mary era adorável e costumava vir comer na nossa casa”, contou Bulsara à jornalista Angela Levin. “Eu adoraria que se casassem e tivessem uma vida normal, com filhos. Mas, mesmo quando terminaram, eu sabia que ela continuava amando meu filho. Foram amigos até o final. Não a vi mais desde que ele morreu.” A pergunta seguinte da jornalista foi clara: “A senhora achou correto ele ter deixado para Mary a maior parte da sua herança milionária?” A mãe de Freddie respondeu: “Por que não? Ela era como sua família, e ainda é”, finalizou.