De Material Girl a ‘Like a Prayer’, do livro ‘Sex’ a ‘Like a Virgin’, Madonna personificou diferentes facetas da feminilidade ao decorrer de sua longa carreira. Sem medo de causar desconforto, a eterna Rainha do Pop provocou debates e incomodou o conservadorismo com seu apoio à comunidade LGBT e por, simplesmente, falar sobre sexo. As informações são do As Aventuras na História.
Antes de lançar o ‘Sex Book’ em 1992, onde expôs suas fantasias sexuais e fetiches em fotografias clicadas por Steven Meisel, a cantora já apresentava ao público uma persona de atuação completamente contra-hegemônica. A diva empurrava suas performances até o limite, conseguindo chocar até a pessoa mais liberal.
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O documentário Na Cama com Madonna (1991) mostrou um episódio considerado um dos mais polêmicos de Madonna. Como relatou o site da Billboard, em 29 de maio de 1990, a artista quase foi presa por uma apresentação feita um show de sua turnê “Blonde Ambition” em Toronto, no Canadá.
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Antes de subir ao palco naquele dia, a polícia local fez avisos à cantora, ameaçando prendê-la por sua simulação inesquecível durante a música ‘Like a Virgin’. Ao longo da canção, Madge fingia que estava se masturbando na cama onde cantava ao lado de dois dançarinos.
O irmão de Madonna, Christopher Ciccone, recebeu a mensagem das autoridades canadenses e foi o responsável por passá-las à Material Girl. Ele teve que explicar que “um representante do escritório do promotor” mostrou preocupação com sua “apresentação imoral ao vivo”.
A resposta foi curta e grossa: “Eu não estou mudando a p*rra do meu programa.” E ela não mudou mesmo: tudo aconteceu conforme o previsto quando a artista peitou a ameaça para ver se os avisos não passavam de um blefe.
De Madonna, todos esperavam o mais controverso possível. Quando ela performou ‘Like a Virgin’ pela primeira vez no palco do VMA da MTV em 1984, todos ficaram chocados. Ela usava um vestido branco de noiva e imitava uma relação sexual, em uma apresentação totalmente não indicada para famílias.
Mas como era conhecida por ignorar os limites, o que ela mostrou na turnê Blond Ambition foi muito além de apenas uma imitação. Embora simulasse um momento de masturbação, a versão da canção foi regada a movimentos tão reais que qualquer um sentiria que estava invadindo a privacidade da cantora.
Ela se contorcia, se apalpava e se curvava de uma maneira que deixava claro o que estava querendo mostrar ao público. A cena, que inicialmente estaria reservada momentos íntimos, estava sendo transmitida ao vivo pela televisão local, como lembrou o portal Glamurama. Dezenas de milhares de pessoas estavam vendo o momento presencialmente, e outras na TV de suas casas. Nada estava implicado: estava tudo ali.
Tudo isso foi feito enquanto ‘Like a Virgin’ tocava em uma versão que apresentava uma vibe mais ‘oriental’ da música. Madonna também não estava sozinha no palco: os dançarinos de sutiãs em formato cônico ajudavam a cantora em sua simulação, em uma coreografia erótica inebriante.
A ameaça da polícia provou ser apenas um blefe, embora eles realmente quisessem que Madge não incluísse a masturbação falsa no show. E Madonna? Não foi presa e continuou sua rotina de shows, em performances, músicas e projetos a parte completamente chocantes, que continuam imbatíveis.