O sertanejo universitário teve início em meados dos anos 2000, quando músicos deixaram cidades do interior para ingressar em universidades nas capitais. O público desses artistas era composto basicamente de jovens universitários, iniciando a renovação do gênero sertanejo.
O sertanejo universitário se diferencia das outras modalidades – como raiz e romântico – em termos de musicalidade, mas também letras, instrumentos incorporados e até as roupas dos artistas.
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Também chamado de sertanejo do século XIX, ele traz ritmos mais contagiantes e letras com temáticas que se aproximavam da realidade do jovem – como festas, bebedeira e situações engraçadas.
Além disso, as letras se tornaram mais simples para que o público decore com mais facilidade. Agora, se destaca a famosa música chiclete, com versos simples e refrão repetitivo.
Outra marca do sertanejo universitário é que violões, violas e acordeões cederam espaço para instrumentos comumente associados ao rock, como bateria, guitarras elétricas e sintetizadores.
O visual dos artistas também mudou e agora eles apostam em uma imagem mais pop. Alguns elementos característicos são mantidos, como chapéu e jaqueta de couro, cintos, botas, jeans e camisas – principalmente xadrez. Agora, no entanto, as peças ganham versões mais modernas e urbanizadas.
A vertente universitária também permitiu que artistas femininas conquistassem seu espaço no sertanejo, que sempre foi dominado por homens. Agora, elas deixaram de ser retratadas apenas na visão masculina e passaram a ser protagonistas de suas próprias músicas. Empoderadas, elas cantam sobre temas que incluem os próprios sentimentos, festas, bebedeira e traição.