Sia comemora nas redes sociais seus oito anos longe das drogas

Publicado em 11/09/2018 17:13
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Através das redes sociais, a cantora australiana Sia comemorou o fato de permanecer alguns anos longe das drogas. Nesta terça-feira (dia 11), a artista celebrou oito anos de sobriedade, afastada das drogas e álcool. A cantora aproveitou para tentar inspirar os fãs que passam pelo mesmo tipo de problema. “Hoje completo oito anos sóbria. Eu te amo, continue. Você também consegue”, escreveu ela.

Numa recente entrevista, Sia foi bastante honesta sobre seus problemas com a depressão e drogas no passado. Revelou por exemplo que um dos seus primeiros sucessos, a faixa “Breathe Me”, de 2004, foi escrita enquanto tentava suicídio. Já em outro momento da entrevista ela revela que chegou a ser salva por um amigo quando planejava cometer suicídio. Na época, ela optou por se hospedar em um hotel e tomar todos os comprimidos que tinha. “Por favor, não entre. Eu estou morta por dentro. Por favor, chame uma ambulância”, escreveu ela em uma carta.

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Por sorte, Sia conseguiu se recuperar após algumas reuniões com grupos de apoio. Já nos últimos anos segue como um dos nomes mais fortes da indústria musical.

Em entrevista Sia revela sua luta contra drogas, depressão e suicídio

Sia Furler geralmente é uma das cantoras mais reservadas quando o assunto é vida pessoal. Preservar sua privacidade é a razão pela qual ela usa peruca em suas aparições públicas, explicando que prefere não ser reconhecida nas ruas e assim ter mais liberdade na vida privada. Agora a cantora australiana optou por dar uma entrevista à revista Rolling Stone onde comentou alguns aspectos muito pessoais de sua vida e da carreira.

Quem vê o sucesso da cantora, que chegou emplacar “Cheap Thrills” em primeiro lugar no Hot 100 da Billboard em 2016, não imagina que Sia enfrentou grandes dificuldades profissionais e chegou a ter sérios problemas físicos e mentais. No início da carreira, ela foi contratada por uma banda e depois, demitida por uma gravadora depois do baixo desempenho comercial.

Em 1997, Sia perdeu o seu primeiro namorado, um garçom chamado Dan Pontifex, que faleceu em um acidente de carro. “Foi minha primeira grande perda”, comenta a cantora. “Então o que eu fiz foi beber muito, e usar muitas drogas, com os amigos”. As drogas inclusive, eram tema das criações da cantora como a música “The Girl You Lost to Cocaine” lançada em 2008 e cuja letra foi uma das mais difíceis de compôr segundo a artista.

Foi então que veio “Breathe Me” em 2004, que começou a se destacar após ser tocada na memorável cena final da série “A Sete Palmos”. Quando a faixa foi reproduzida no dramático último episódio da série, a cantora já tinha lançado três álbuns em estúdio, todos sem grande repercussão e sucesso comercial. “Breathe Me” foi o primeiro ponto de virada de sua carreira, mas é triste saber que a artista escreveu seus versos enquanto tentava cometer suicídio após agravamento de questões de saúde mental.

O sucesso da canção lhe proporcionou certa estabilidade na carreira, mesmo sem grandes hits. Porém, mesmo com a segurança financeira, a sua luta contra a depressão continuou pelos anos seguintes. Por volta de 2010, a artista revelou que costumava tomava muita vodka e que ainda misturava com calmantes. Na época, no auge do problema ela decidiu se hospedar em um hotel para se suicidar e tomar todos os comprimidos que tinha. “Por favor, não entre. Eu estou morta por dentro. Por favor, chame uma ambulância”, escreveu a artista em uma carta.

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Antes que ela pudesse sair para o hotel, seu telefone acabou tocando. Sia atendeu e ouviu um velho amigo brincar dizendo: “Squiddly-diddly-doo!”. Era uma brincadeira que Sia costumava fazer, quando ainda tinha vivacidade. “Devia ter uma parte de mim que realmente queria viver”, afirma a cantora, “porque naquele momento eu pensei: ‘há um mundo lá fora e eu não faço parte disso. Mas eu gostaria de ser” lembrou. Ao invés de seguir com o plano e ir até o hotel, Sia telefonou para um amigo que passeava com os seus cachorros, um alcoólatra em recuperação. Já no dia seguinte, ela foi a sua primeira reunião dos Alcoólicos Anônimos.

Foi, então, que veio a segunda virada de sua carreira. “Titanium”, seu grande hit com David Guetta. Os versos da canção eram muito pessoais e tratavam justamente sobre sua superação na luta contra a depressão. Porém ela estava insegura por poder soar contraditória e até vendida, já que na época nem gostava de música dance e costumava lançar músicas mais intimistas. A música que chegou a ser oferecida para Katy Perry e Mary J. Blige,  acabou chegando ao público com seus próprios vocais porém nem mesmo ela sabia deste fato. “Você está cantando no próximo álbum do David Guetta?”, perguntou-lhe um fã, para sua própria surpresa.

Ela ficou furiosa. “Eu trabalhei tanto para ser uma artista legal e credível”, afirmou. “Finalmente, me aposentei para trabalhar apenas nos bastidores, e então, eu estou com uma música cafona”. No fim das contas, ela ficou satisfeita. A música foi um hit e definitivamente colocou Sia no mainstream. De quebra a parceria com David Guetta ainda lhe fez ganhar vários prêmios.

O ótimo desempenho de “Titanium” acabou fazendo de Sia Furler uma das compositoras mais requisitadas do ramo. Ela até estava decidida a trabalhar só nesta área, mas ainda precisava cumprir contrato com sua gravadora. Você quer outra virada? Então veio “Chandelier”, que foi o terceiro ponto de virada de sua carreira e catapultou a cantora como um dos nomes mais fortes da música pop.

Sia não cultiva muitas amizades conseguidas após o sucesso meteórico de “Titanium” (parceria com David Guetta) e “Chandelier”. Segundo ela, a cantora Katy Perry se tornou sua “guru popstar”: “Ela me deu o contato do médico e do numédico e do nutricionista que vão até sua casa. Ela me ensinou como ser uma celebridade”, revela.

Hoje em dia, Sia ainda continua lutando contra várias doenças físicas que incluem problemas de tireoide, dores no pescoço e nas costas, enxaquecas e fadiga. Mesmo assim, a cantora se mantém forte em sua jornada, depois de tantas lutas. “Eu configurei um modelo onde posso envelhecer”, afirmou. “Você sabe, a peruca nunca envelhece”, acrescenta.

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