
Aos 58 anos, Mateus Carrieri voltou a comentar sobre sua marcante passagem pela extinta revista G Magazine, onde fez história ao se tornar o primeiro famoso da TV a posar nu para o público LGBTQIA+. O ensaio, fotografado em 1997, foi mantido em sigilo por mais de um ano até chegar às bancas em 1998, devido a um contrato com o SBT para a novela Chiquititas. “Foi um acordo com a revista. Eu tinha acabado de assinar para fazer novela infantil, então seguramos a publicação por mais de um ano”, contou o ator no podcast Eles que Lutem.
Apesar da repercussão positiva entre os leitores e da forte ligação criada com o público LGBTQIA+, Mateus admite que o ensaio teve consequências na carreira. “Ajudar, não ajudou em nada. Em alguns momentos, devo ter sido preterido ou até boicotado. Colegas torceram o nariz. Depois, alguns até ligaram para a redação querendo fazer também”, relembrou. Mesmo assim, ele afirma não ter arrependimentos.
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O ator destaca o impacto social de sua participação na revista, especialmente para quem se sentia invisível na mídia dos anos 1990. “Hoje, vejo a importância que a G teve para o público LGBTQIA+. Muita gente veio me dizer: ‘Mateus, me assumi vendo você na revista’. Tenho muito orgulho disso, mesmo sendo hétero”, declarou emocionado.
Mateus Carrieri também participa do documentário sobre a G Magazine em produção pelo Globoplay. A fundadora da revista, Ana Maria Fadigas, definiu o ator como um “mascote” da publicação. “Ele foi o primeiro a mostrar tudo o que o público queria ver. E nada de ruim aconteceu com ele. Posou mais três vezes!”, afirmou em depoimento de 2011.

