Adriano Imperador ganhou uma biografia, que narra toda sua trajetória, em que se concentra não só nas conquistas marcantes do ídolo do Flamengo em campo, como também suas lutas pessoais, contra o alcoolismo e depressão, por exemplo.
No livro Adriano – Meu Medo Maior, que chegou às livrarias nesta última segunda-feira (11), e foi escrito pelo jornalista Ulisses Neto, o ex-jogador de futebol abre o coração sobre a luta contra a doença.
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
“Nada mais funcionava”
“Minha depressão tinha chegado a um nível que eu não gosto nem de lembrar. Nada mais funcionava. Uma coisa leva a outra, negão. Pra jogar bem, eu precisava de sequência, e eu não tive isso. Para ter sequência, eu tinha que treinar bem, e eu não conseguia manter o foco por muito tempo”, contou Adriano Imperador, que também desenvolveu o vício por álcool.
“Para não beber e não ir para a balada, eu tinha que estar com a cabeça no lugar. E sem jogar nem fazer gol era impossível. Tá entendendo o tamanho da cagada? Uma coisa estava ligada a outra”, revelou o jogador, no livro, em que relembrou a luta contra o alcoolismo.
“Eu chegava em casa e arrumava qualquer motivo para beber. Ou porque meus amigos estavam lá ou porque eu não queria fica no silêncio, pensando merd*, ou para conseguir dormir. Deitava apagado em qualquer canto sem ter nem condição de sonhar. Muita gente usa o futebol como válvula de escape, eu precisava de um escape do futebol”, relembrou Adriano.
“O escape? Minha família. Meu pai. Quando olhei, ele não estava mais ali. Uma coisa levou a outra, e a bebida se tornou a minha companheira. Continuei chegando atrasado nos treinos. O clube tentava passar um pano na imprensa, eu recebia as multas no meu salário e nem me importava mais. Ganhava tanta grana, cara. A primeira multa dói. A segunda, tu fica p***. Na terceira, você já nem liga. E isso vale para os dois lados…”, contou o Imperador.
VEJA MAIS: Gracyanne Barbosa fala pela primeira vez sobre boatos de sexo a três com Belo e Adriano Imperador