Andressa Urach abre o jogo sobre prostituição: “Hoje eu tenho nojo”

Publicado em 12/05/2020 11:37
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Após mudar de vida e deixar a prostituição no passado, Andressa Urach irá apresentar um programa chamado ‘Diário de Uma Ex-Garota de Programa‘, na plataforma exclusiva de uma igreja evangélica. Ao relembrar do seu passado, ela relatou ter nojo do que viveu.

“A prostituição é como uma areia movediça. Você vai se afundando e não consegue sair, acha que não vai ser capaz de fazer outra coisa, vai se matando… Muitas garotas de programa têm depressão e pensamentos suicidas, são desprezadas pela sociedade, desacreditadas pela família e até por elas mesmas. Só quem vive dentro da prostituição consegue entender o fundo do poço que a gente chega. Mutilamos a própria alma. Quero alcançar essas mulheres e mostrar para elas que, assim como eu, outras saíram dessa, venceram seus traumas e tiveram suas vidas transformadas. Algumas já têm marido e família, respeitam valores, suas vidas, seus corpos. Hoje elas têm paz! Nosso objetivo com esse programa é mostrar para as mulheres que ainda estão na prostituição que existe uma saída”, revelou ela, em entrevista à Quem.

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Andressa afirmou que existem diversas formas de prostituição: “Infelizmente, a prostituição, direta ou indireta, é muito comum entre musas de carnaval, modelos e celebridades. Muitas se vendem por bolsas, sapatos, vida boa… Mantêm relacionamento por interesse, não só pelo dinheiro. Eu vivi isso e posso afirmar com propriedade que a rede social do mundo das celebridades é uma grande mentira. Elas vivem uma felicidade ilusória. Ainda mais com o dinheiro sujo que vem com a prostituição.” 

Após mudar de vida, ela afirmou que tem nojo do que viveu e da prostituição: “Na época que eu era garota de programa, defendia a prostituição. Não expunha isso, mas quando trabalhei em um bordel aqui no Rio Grande do Sul, também pensava que era importante legalizar a prostituição porque via isso como trabalho. Não posso e não vou nunca julgar o pensamento de qualquer pessoa. Todos somos livres para termos nossas opiniões, mas hoje penso diferente. Não vejo a prostituição como algo bom. Algumas meninas afirmam que são felizes. Na verdade, elas não são. Eu vivi essa realidade e mentira e dizia isso também. Mas meus pensamentos mudaram. Hoje eu tenho nojo da prostituição”.

Por fim, Andressa declarou que doou todo o dinheiro que recebeu nesse período: “[…] Doei tudo. Não tenho absolutamente nada que veio do dinheiro da prostituição. Esse peso de levar o dinheiro sujo nas minhas costas não tenho mais. Hoje vivo do dinheiro da venda dos meus livros e do meu trabalho atual”.

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