A atriz Cacau Protásio deu uma entrevista para o jornal O Globo, e comentou sobre o episódio de racismo que sofreu há um mês, enquanto gravava em um quartel de bombeiros, no Rio de Janeiro.
“Tenho crises de choro. Aumentei a terapia de uma para três vezes na semana. Estou panicada mesmo. Acho que tem alguém pulando o muro da minha casa, parei de dirigir porque sentia que estavam me seguindo. Só consegui terminar o filme porque tive apoio dos colegas (chora). Pelo menos, as pessoas estão curiosas para ver a cena do bombeiro e vamos ganhar bilheteria (risos)”, falou.
Durante o bate-papo, a musa ainda relembrou de quando ficou presa no elevador, ao registrar queixa na delegacia. “Quando disseram que chamariam o bombeiro, me deu pânico. Pensei: ‘Esse cara não vai me salvar’. Me chamaram para depor, mas não tenho condição emocional de ver bombeiro agora”, falou. Cacau ainda falou sobre a importância de expor o racismo.
“Quando soube, pensei ‘deixa, vou ficar mais famosa ainda’. Mas ao ouvir, me senti a pior pessoa do mundo, comecei a acreditar em tudo que ele estava falando. Não queria mais trabalhar, ver gente, pensei em desistir do filme. Aí veio uma coisa de eu que tinha que me posicionar. Não imaginava que o vídeo da minha resposta fosse repercutir tanto, dar um se liga nas pessoas. Porque até aquele que é preconceituoso velado vai pensar duas vezes antes de fazer algo. Não consigo entender por que tanto ódio por causa de uma cor de pele”, disparou.