O ator Antônio Petrin, de 83 anos, que interpretou o Tenório na primeira versão de Pantanal, relembrou o sucesso do seu personagem na novela, incluindo umas das cenas mais emblemáticas da trama: a castração de Alcides (Ângelo Antonio), após o vilão ter descoberto o caso do peão com a mulher, Maria Bruaca (Ângela Leal).
Na primeira versão exibida há 32 anos, o artista revelou que já teve a casa, localizada em Santo André, São Paulo, apedrejada no embalo da raiva do público sobre seu papel, e que quase foi agredido fisicamente por duas mulheres em uma loja de aeroporto, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
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“Fazer papel do vilão é se divertir muito. Sempre penso: ‘Que maldade vou fazer hoje?’. E o público morre de raiva da gente”, disse Antônio Petrin, em entrevista à jornalista Maria Fortuna, do jornal Extra. Ao relembrar a gravação da cena pesadíssima da castração, o ator descreveu a emoção que pôde ter sido sentida no estúdio entre os profissionais.
“Olhei para a cara do diretor, o [Carlos] Magalhães, e vi lágrimas saindo pelos seus olhos. Aquilo me provocou muito, redobrou a minha emoção, eu tremia. Falando disso agora parece que estou sentindo a mesma coisa”, afirmou o artista veterano, que recordou com carinho o grande fenômeno que Pantanal se tornou à época.
“Aquilo surpreendeu, porque não estávamos assistindo aos capítulos da novela nem acompanhando a repercussão na cidade. Eram outros tempos mesmo. A gente nunca sabe o que será sucesso e muito menos, fracasso. Esse é um dos mistérios da nossa profissão”, pontuou Petrin.
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