Bernardo Dugin, ator conhecido por suas atuações em novelas da Globo, comemorou um avanço significativo em sua batalha contra o preconceito. Recentemente, ele denunciou um padre de Nova Friburgo por homofobia após um discurso controverso durante uma missa. Na quinta-feira, o Ministério Público ofereceu a denúncia por racismo qualificado contra o religioso, que agora enfrentará a Justiça. Em sua publicação no Instagram, Dugin expressou alívio e gratidão pelo suporte recebido, afirmando que a luta contra a discriminação continua.
O processo teve início após o ator relatar que o padre, durante uma homilia, teria feito afirmações ofensivas sobre pessoas em uniões homoafetivas, comparando-as a “dominações diabólicas”. O padre, por sua vez, alegou que sua intenção não era ofender e que o discurso foi mal interpretado. Ele também destacou que em seus 15 anos de sacerdócio nunca havia enfrentado uma situação semelhante e se retratou publicamente.
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A decisão de oferecer a denúncia se baseia na equiparação da homofobia ao crime de racismo, conforme a Ação Direta de Inconstitucionalidade 26 do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado de Dugin, Caio Padilha, destacou que o padre ultrapassou os limites da liberdade religiosa ao incitar discriminação e hostilidade contra a comunidade LGBT. A expectativa é que a Justiça acolha a denúncia e condene o réu conforme a lei.
Dugin também abordou as dificuldades enfrentadas durante o processo, mencionando ameaças e preconceito que sofreu. Ele afirmou que, apesar das adversidades, se sente aliviado por ter tomado a decisão de seguir com a denúncia e por acreditar na justiça. O caso continua em andamento, e a decisão final dependerá da análise da denúncia pelo Poder Judiciário.