O renomado ator Paulo César Pereio faleceu aos 83 anos no Rio de Janeiro, como confirmado pelo Hospital Casa São Bernardo, onde estava internado. Sua partida marca o término de uma vida dedicada às artes cênicas, tendo deixado uma marca indelével tanto no cinema quanto na televisão e no teatro brasileiros. Com mais de 60 filmes em seu currículo, Pereio colaborou com alguns dos mais proeminentes cineastas do país, incluindo Glauber Rocha, Hector Babenco e Arnaldo Jabor, entre outros.
Pereio não apenas brilhou nos palcos e nas telas, mas também se destacou por sua personalidade controversa e sua habilidade de se reinventar. Em uma entrevista, ele refletiu sobre a construção de sua própria imagem pública, afirmando: “Pereio, na terceira pessoa, é obra minha”. Essa figura pública que ele criou lhe permitiu uma liberdade peculiar, uma espécie de “self-art”, como ele descreveu, que o distinguia dos atores convencionais.
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Além de suas contribuições para a arte, Pereio também enfrentou desafios, como a censura durante a ditadura militar. Em um documentário sobre humor na época, ele compartilhou suas experiências, destacando a dificuldade de improvisar e driblar as restrições impostas pelo regime. Sua voz grave e sua presença magnética não se limitaram apenas às telas, pois ele também deixou sua marca na publicidade, reconhecendo o valor artístico por trás desse meio de comunicação de massa.
Nos últimos anos de sua vida, Pereio residiu no Retiro dos Artistas, buscando proteção durante a pandemia de Covid-19. Em uma entrevista ao Jornal Extra, ele explicou sua decisão, revelando um senso de paz e tranquilidade em seu novo lar, onde se sentia cuidado e protegido. Sua presença será lembrada não apenas por sua vasta contribuição para as artes, mas também por sua personalidade singular e sua capacidade de transcender os limites da interpretação.