Bárbara Coelho, apresentadora do Esporte Espetacular, da TV Globo, denunciou através de suas redes sociais nesta quarta-feira (19), um homem que se masturbou assistindo um vídeo dela, e publicou o registro do ato sexual na internet.
Ao se deparar com a situação, a jornalista chegou a mandar uma mensagem ao rapaz. No entanto, ela recebeu uma resposta revoltante. “Um cara postou um vídeo na sua conta do Twitter se masturbando com um vídeo meu. Eu mandei mensagem pra ele dizendo que o processaria. Ele disse que mulheres são estupradas e nada é feito. Por que algo aconteceria com ele se masturbando em casa com um vídeo meu?”, escreveu Bárbara em seu perfil.
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De acordo com Bárbara, o homem por trás do vídeo, respondeu a ela que não será preso por estar se masturbando dentro de casa. “Até quem molesta mulheres nas ruas ou estupram não vão presos. Imagina eu por causa de um vídeo dentro da minha própria casa”, escreveu.
Outros casos envolvendo crimes de importunação sexual
Diante da repercussão, Lívia Torres, outra repórter da TV Globo, revelou que também já se deparou com algo semelhante e chegou a entrar em contato com a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, para registrar o crime e abrir uma investigação.
“Isso também tem acontecido comigo – e com outras repórteres. É doentio e é crime um homem postar vídeos se masturbando enquanto trabalhamos. Não pode ficar impune. Às vezes o post é aberto, a gente denuncia e o Twitter nada faz. Já falamos com a polícia. Estamos juntas contra esse criminoso.”, escreveu a jornalista.
Narayanna Borges, repórter da GloboNews, disse que também foi vítima da mesma situação. “Pois é, Bárbara. O mesmo aconteceu comigo recentemente. Comigo, com nossa colega Lívia Torres e outras meninas. É nojento, é cruel, abjeto… isso não vai ficar impune. Não vamos deixar isso passar”, escreveu.
“Agora, como a plataforma não identificou uma publicação desse teor? O cara publicou no feed, mural, enfim… abertamente um vídeo se masturbando. Não há filtros na rede social? Peço até desculpas, caso esteja falando uma besteira, mas pensei que os filtros tb “pescassem” conteúdos desse teor. A questão é que isso não pode ficar assim.”, acrescentou ela.
Os vídeos são publicados por diferentes perfis falsos no Twitter e seguem a mesma dinâmica: ao fundo a imagem de uma tela com o rosto das repórteres trabalhando na TV e, em primeiro plano, o homem exibindo o pênis e se masturbando.
Pela lei 13.718, de 2018, esse tipo de caso se enquadra como prática de um ato sexual ou libidinoso sem permissão da vítima, “com o objetivo de satisfazer sua lascívia ou a de terceiro”. Esse crime pode resultar em uma pena prevista de 1 a 5 anos de prisão.
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