Rafael Libardi, bombeiro que esteve no resgate de Marília Mendonça e das outras vítimas que morreram em um acidente aéreo na última sexta-feira (5), contou durante entrevista ao Fantástico, como reagiu ao ver a cantora no local.
O soldado do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais explica que, ao entrar na aeronave, tentou contato com os tripulantes e rapidamente reconheceu a artista. “Me aproximei do avião, a porta do avião já estava aberta. Eu chamava, tentava verbalizar, tentava buscar uma resposta de alguém. Aí que eu fui me dar conta que realmente era Marília Mendonça”, relatou ele.
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Abalado, o bombeiro explicou a dificuldade em ter acesso ao local para retirar os corpos das vítimas. “O primeiro trabalho nosso é garantir a segurança. Garantimos a segurança ancorando a aeronave em árvores do local”, explicou ele.
Por fim, Rafael lamentou a morte de Marília Mendonça e dos outros ocupantes da aeronave. “De um dia para o outro a gente perde a vida e tem mais nada para se prosseguir a partir disso”, declarou.
O responsável por constatar a morte de todos os cinco ocupantes da aeronave, foi Kleyton Ferreira de Carvalho, médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“A aeronave estava bastante quebrada, havia bastantes destroços na aeronave, a bagagem estava sobre as vítimas. E, prontamente, eu fui em cada um para verificar se tinha sinais vitais, se estariam vivos, né. Depois que eu verifiquei todos os sinais vitais eu reconheci que já estavam em óbitos”, disse ele para a reportagem.
Desafios no resgate
Quem também comentou sobre os desafios no resgate dos corpos da vítimas do acidente, foi o tenente-coronel Alexsandro Nunes, comandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar de Ipatinga. O profissional conta que, assim que soube da queda do avião em Piedade Caratinga, deslocou duas equipes para o local.
“Quando chegamos ao local onde estava o avião, os primeiros procedimentos foram para estabilizar a aeronave, porque sem esses procedimentos nós poderíamos ter um agravamento da ocorrência”, disse ele ao jornal Estado de Minas.
A estabilização ocorreu, pois a queda da aeronave foi justamente sobre uma cachoeira, correndo o risco de se movimentar sobre as pedras e causar novos danos. Segundo ele, todos os corpos estavam nos assentos. Depois de retirar os passageiros, os bombeiros precisaram usar equipamentos especiais para retirar os corpos do piloto Geraldo Martins de Medeiros e copiloto, Tarcísio Pessoa Viana, que estavam presos na cabine de comando.
Outro risco que preocupou os bombeiros, foi a possibilidade de explosão da aeronave, já que algumas testemunhas informaram que sentiam um cheiro muito forte do combustível sendo derramado no local. “Quando chegamos ao local, descartamos essa possibilidade ”, explicou o comandante.
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