Carol Marra revela que ser chamada de ‘atriz transexual’ incomoda: “Sou mulher”

Publicado em 04/11/2015
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Conquistando aos poucos seu espaço no meio artístico, Carol Marra que já atuou no seriado “Psi” (2014), na HBO e estrelou “Segredos Médicos” (2014), no Multishow e atualmente grava participação na série “Romance Policial – Espinosa”, do GNT, a atriz revelou em entrevista ao IG Gente que não se intimidou em ter que tirar a roupa na frente das câmeras, no entanto, ela conta que incomoda ser classificada a todo momento como à ‘atriz transexual’.

“Ser trans é um plus, chama atenção, vende, desperta a curiosidade e num primeiro momento é positivo. Mas isso não me qualifica. Antes de ser trans, sou tantas outras coisas… É um pequeno detalhe”, disse.

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Segundo ela, a presença de artistas transexuais, principalmente em veículos grandes, é importante para levar a temática até o lar dos brasileiros. “Com informação, há menos preconceito e deixamos de ser alvos de chacotas e memes.

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Paralelamente, Carol se prepara para aparecer nas telas do cinema no próximo ano, ao lado de Carolina Ferraz, no filme “A Glória e a Graça“, de Flávio Ramos Tambellini.

“A Carol (Ferraz) teve a preocupação de não fazer uma coisa caricata e sim uma mulher. Uma trans de meia idade, não operada”.

Hoje, aos 30 anos, ela se considera uma mulher como qualquer outra e renega seu passado como homem, classificando-o como uma mentira. Um momento difícil pela busca de sua verdadeira identidade. “Tentava ser uma coisa que eu não era. Quando me descobri, foi libertador. Saí de uma prisão e fui muito mais feliz.” Mas ainda existem algumas barreiras para serem quebradas. A mudança de nome e gênero no RG facilitaria e muito sua vida. “Estou no processo para conseguir uma nova identidade. É constrangedor ter que pedir toda hora para as pessoas me chamarem pelo nome social.”

Segundo disse, a parte mais constrangedora é quando tem que fazer uma viagem internacional. Como imagem da transexual é associada à prostituição, fica mais difícil viajar. “Na imigração preciso que explicar que trabalho, tenho cartão internacional, dinheiro e o passaporte todo carimbado. Mas fico triste. Se no meu documento tivesse o gênero feminino, isso não aconteceria.”

Sobre os colegas do passado, Carol Marra conta que hoje eles correm atrás dela, enquanto no passado a chamavam de ‘veado’ na escola.

Solteira, a atriz finaliza a entrevista contando que sonha em “casar, ter filhos”, etc., mas admite que só quer um homem que assuma um compromisso e não tenha vergonha de sua transexualidade.

“Não fico me fazendo de vítima. Já fui e chorei muito. Agora não mais.”

 

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