Na próxima quinta-feira (21), estreia na HBO Max, a série documental “Pacto Brutal”, que conta sob a perspectiva de amigos e familiares de Daniella Perez, como o crime que tirou sua vida, aconteceu. Entre os depoimentos, um chama atenção: o de Claudia Raia.
A atriz faria uma peça com a colega, e estranhou a ausência da filha de Gloria Perez no ensaio, que mostraria o talento da jovem atriz dançando. “Pra um bailarino faltar a um ensaio, ele tá morto. Tanto que todo mundo falava: ‘Cadê ela?’. Se ela não chegou, alguma coisa aconteceu”, pressentiu a atriz.
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Na época do crime, Claudia era muito amiga do Raul Gazolla, que era marido de Daniella e seu ex-namorado. Durante a madrugada após o crime, ele ligou para ex, e pediu que ela fosse para a delegacia, para lhe dar apoio.
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Só que enquanto consolava o amigo, uma visita inesperada apareceu: Guilherme de Pádua, assassino condenado pela morte de Daniella. “Ele ficou ali um tempo, chorando, dizendo: ‘Meu Deus, que loucura isso’. Parecia bastante emocionado, muito indignado com tudo. [Dizia] ‘Como fizeram isso com essa garota, essa menina é um anjo’. Me abraçou também, nem me conhecia. E eu não sei por que olhei o braço do Guilherme. Tinha, na parte do antebraço, arranhão de unha de mulher. Me chamou a atenção aquilo. Guardei pra mim. Era recente. Estava meio em carne viva, meio sangrandinho”, revela.
O crime que chocou o país
Daniella Perez foi assassinada no dia 28 de dezembro de 1992. Ela era uma das personagens principais da novela “De Corpo e Alma”, na Globo, que tinha autoria de sua mãe, Gloria Perez. A atriz de apenas 22 anos, estava fazendo muito sucesso como Yasmin.
Na trama ela vivia um romance com Bira, personagem de Guilherme de Pádua. Durante a evolução dos capítulos, Pádua não gostou que seu personagem terminava o relacionamento com o de Daniella. Já que a jovem iria voltar aos braços de seu par inicial, Caio, que era vivido por Fábio Assunção.
Segundo a polícia, na noite do crime, Daniella estava indo embora das gravações da novela, quando teve seu carro fechado por Paula Thomaz, esposa de Guilherme. A atriz recebeu um forte soco no rosto, o que fez com que ela desmaiasse. Os dois a levaram para um matagal, em um lugar ermo no Rio de Janeiro, onde ela levou 18 punhaladas, e morreu.
O ator e a esposa foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe. Ele foi condado a 19 anos de regime fechado, e ela 15 anos. Porém, graças ao bom comportamento, eles ficaram bem menos tempo, e em 1999 deixaram a prisão.