Débora Nascimento relembra bulimia na adolescência e fala sobre José Loreto: “Foi muito difícil”

Publicado em 21/10/2019
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A atriz Débora Nascimento deu uma entrevista ao GShow, e falou sobre o fim do seu relacionamento com José Loreto, pai da sua filha Bella, de quase dois anos. Ela também relembrou da adolescência difícil que teve, quando enfrentou a bulimia.

“Não fuja do que você está sentindo. A dor e o ressentimento é genuíno. Fico até emocionada, porque eu nunca esperei ser exemplo de nada. Isso aconteceu na minha vida e a única coisa que eu tinha que fazer era sobreviver e tentar ser feliz, por mim e pela minha filha. Não tinha outra opção a não ser seguir. Não ia me fazer de vítima ou fazer a minha filha sofrer. Vivi a dor e o luto de uma relação. Fiquei mal, triste, mas tive a consciência de que aquilo iria passar”, falou, citando que a filha a salvou.

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“Pensava muito na amamentação e tinha consciência de que poderia afetar (a Bella). Era consciente da minha tristeza, mas que ela iria só até um lugar, porque não deixaria aquele sentimento me levar para o lado ruim, porque isso iria afetar a minha filha e eu não permitiria isso. A minha força foi sendo construída diariamente no acordar, ir para o trabalho feliz, sim! Porque amo fazer o que eu faço e ninguém iria tirar isso de mim”, disparou ainda.

Sobre Loreto, ela falou: “(Temos uma relação) De muito respeito. É o pai da minha filha e será para sempre alguém que eu vou ter contato. Desejo o melhor para ele, porque reverbera completamente na minha filha. Somos adultos e sei muito bem o que é melhor para a minha filha”, afirmou. “Estou feliz e amando, mas o melhor de tudo isso, é a coragem que eu tenho da minha vida não ser pautada por um trauma, uma dor, mas sim a coragem de acreditar que existe amor e que eu posso ser feliz”, disse ainda, sobre o novo amor.

A morena falou que nem sempre aceitou seu corpo. “Já passei por muitas crises de identidade ao longo da vida. Na adolescência, quando pensava o tipo de mulher que queria ser, no que deseja, e depois, quando virei modelo. Demorei a entender a minha beleza, o meu olhar, o meu tamanho. Ao longo da minha vida tive vários períodos em que eu precisei parar e olhar para mim. Quando era adolescente sofria muito bullying. Período de escola foi muito difícil para mim”, explicou.

“Quando virei modelo, entendi que meu tamanho e cabelo eram uma coisa positiva e que eu era uma mulher bonita. Mas depois veio outro dilema: o meu peso. Me sentia ainda muito oprimida e na busca do entendimento para saber que mulher eu era. Foi mais um momento complicado, tanto de desenvolvi um distúrbio alimentar”, disse.

“O mercado começou a me achar bonita, mas gorda. E isso uma menina de 15 anos que não estava gorda! E mesmo que se estivesse, não era assim para ser tratado e cuidado. E foi aí que desenvolvi o distúrbio, porque ter a minha independência financeira era muito importante. Fazia de tudo para continuar trabalhando e ser aceita naquele lugar. E isso foi me afetando. Isso acontece muito, ainda mais nessa faixa etária. A minha mãe teve esse cuidado de parar e me observar. Me deu a atenção que eu precisava. Foi crucial para eu sair sem grandes problemas físicos de saúde, graças a Deus. Até hoje ela me liga para saber se estou comendo”, ressaltou.

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