Juliano e Letícia Cazarré deram entrevista para o “Fantástico”, no último domingo (14), para falar sobre o problema de saúde de Maria Guilhermina, filha do casal que nasceu com uma anomalia rara no coração.
“A vida precisa da gente pra viver. Alguém deixou a gente viver um dia, nós deixamos cinco [filhos] viverem e estamos lutando para ela viver. É a vida. A vida quer viver”, comentou o ator. O parto da criança teve que ser adiantado em um mês, pois ela corria risco de vida no ventre da mãe. “O sangue da Maria Guilhermina girava no coração. Não ia para o intestino, não ia pros rins e não ia para as pernas. Ela ia morrer”, relatou Cazarré.
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“Falei que entregava ela para Jesus e para Maria, estaríamos esperando ela voltar”, contou Letícia, durante a reportagem. O ator contou que quis registrar a filha, assim que ela nascesse, e que tinha muito medo de ela não sobreviver ao parto. “Eu batizei ela logo quando nasceu. Eu tinha esperanças de ela sobreviver, mas eu não sabia”, relembrou.
Assim que nasceu, Maria fez uma cirurgia que durou 10 horas, depois ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), por 24 horas. Ela teve alta no início de Agosto, mas teve que voltar para o hospital no dia 11.
Qual é a doença da filha do Juliano Cazarré?
Maria Guilhermina nasceu com Anomalia de Ebstein, uma doença cardiovascular rara. O problema foi descoberto ainda durante a gestação durante exames. Letícia Cazarré começou a pesquisar sobre o diagnostico e encontrou José Pedro da Silva e Luciana Silva, médicos brasileiros que trabalham nos Estados Unidos, na Universidade de Pittsburgh.
O cirurgião revelou durante a matéria no “Fantástico”, que a doença “atinge 1 a 2% das cardiopatias congênitas”. “Há 29 anos, eu tive essa de ideia de pegar os tecidos anormais e imobilizá-los e depois reuni-los em uma válvula com a fórmula de um cone. O cone, quando se abre, permite que o sangue passe por essa válvula. Ou seja, é um mecanismo de válvula perfeito”, explicou o médico, que desenvolveu essa técnica para reverter o problema no coração.
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A filha de Juliano Cazarré ainda vai ter que passar por uma nova cirurgia para corrigir de vez o problema, mas ela já é considerada um milagre médico. “Alguns casos são tão graves que a criança morre na vida fetal, não chega a nascer”, disse o especialista.
Ainda durante a matéria no “Fantástico”, foi explicado que Maria Guilhermina está usando uma prótese no coração. Na madrugada desse domingo, um novo tubo foi colocado para que a circulação melhorasse.