Rodrigo Lopes, um dos fotógrafos mais requisitados pelas famosas, diz que existe uma linha muito delicada entre o real e o Photoshop. E explica, na linguagem fotográfica, a necessidade ou não de usar o recurso: “Existe a diferença entre uma foto dinâmica e uma estática. Com a pessoa se movimentando, você presta atenção a outros detalhes e não se fixa numa imperfeição ou outra. Já na foto parada, posada, a percepção é três vezes maior. “O artista é preocupado com a imagem pública dele, e se o retoque pode colaborar com ela, não vejo problemas em usar, desde que só saliente a beleza que já existe”.
Para o fotógrafo, o excesso de manipulação vai justamente na contramão do que acredita. “Acredito na beleza das pessoas. Falta elas se enxergarem de fato como são”, opina ele, que é fã das campanhas da Dove pela mulher real, e de Paolla Oliveira, a quem fotografa: frequentemente “Ela é musa e musa mesmo. Não admite retoques no seu rosto e quase nada no corpo. E é uma mulher linda, só que apesar de estar magérrima, já lutou com a balança, tem perna grossa. Mas ela sabe ser de verdade”.