O cantor Gusttavo Lima fez um desabafo em uma live no Instagram nesta segunda-feira (30), após ser indiciado por lavagem de dinheiro e associação com a casa de apostas Vai de Bet. Acompanhado de seu advogado, Cláudio Bessa, o sertanejo negou as acusações e afirmou que sua relação com a empresa é puramente contratual, baseada no uso de sua imagem, e que não participa da administração da marca.
Em tom sério, Gusttavo expressou sua frustração com as investigações e os rumores que surgiram. “Isso é loucura, eu nem sei porque estou passando por isso. É um assassinato de reputação”, declarou o cantor, se referindo às suposições feitas pela Polícia Civil de Pernambuco. Segundo a investigação, Gusttavo Lima seria “sócio oculto” da Vai de Bet, o que ele nega categoricamente. Ele explicou que possui um contrato que lhe garante 25% dos lucros referentes à utilização de sua imagem, mas que isso não o torna proprietário ou responsável pela gestão da empresa.
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A origem das suspeitas recaiu sobre o patrocínio milionário firmado entre a Vai de Bet e o Corinthians, que também está sendo investigado pela polícia de São Paulo. De acordo com depoimentos obtidos pela Polícia Civil, um conselheiro do clube afirmou que o presidente do Corinthians chegou a falar por telefone com Gusttavo Lima e que o cantor seria um dos sócios da casa de apostas. “Eu sou um funcionário como qualquer outro. Tenho direito a 25% do uso do meu nome, e é só isso”, explicou o cantor, ironizando a ideia de que ele teria algum envolvimento direto com as operações da empresa.
Gusttavo também abordou as especulações em torno de sua viagem para a Grécia, feita no início de setembro, na companhia de José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, sócios da Vai de Bet. Na ocasião, o casal estava sendo investigado e teve a prisão decretada, o que levantou suspeitas de que Gusttavo teria facilitado sua fuga. “Viajei para a Grécia no dia 1º de setembro e não fazia ideia de que a operação aconteceria três dias depois. Não fui pra ajudar ninguém a fugir, eu estava lá a trabalho, celebrando meu aniversário”, disse o cantor, tentando esclarecer o mal-entendido.
O advogado de Gusttavo Lima, Cláudio Bessa, reforçou que o cantor não tinha conhecimento das irregularidades e que, no voo de volta ao Brasil, apenas produtores, assessores e amigos do cantor estavam presentes, não os sócios da Vai de Bet. Ele também ressaltou que todas as transações financeiras envolvendo o cantor e a empresa foram realizadas de forma lícita, sem qualquer indício de lavagem de dinheiro.
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Gusttavo, em tom descontraído, ainda brincou sobre a situação: “Fiz um baita investimento no meu aniversário e acabou sendo um presente de grego”, disse, referindo-se à repercussão negativa da viagem. Em meio à pressão das acusações, o sertanejo demonstrou gratidão pelo apoio de seus fãs, que o têm defendido nas redes sociais. “A partir do dia 4 de setembro, fui surpreendido com tantas mentiras, tantas suposições. Mas eu jamais trocaria minha paz por nenhum dinheiro desse mundo”, afirmou.
Segundo o g1, a decisão de revogar a prisão de Gusttavo Lima foi tomada no dia 24 de setembro pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco. O magistrado argumentou que as justificativas para a ordem de prisão não tinham base sólida, sendo apenas “ilações e considerações genéricas”. No entanto, o Ministério Público ainda aguarda mais informações para determinar se levará adiante uma denúncia formal contra o cantor. De acordo com especialistas, o ponto-chave da investigação será comprovar se Gusttavo sabia que o dinheiro envolvido nas transações da Vai de Bet era de origem criminosa.