A repórter Jéssica Dias, do canal esportivo ESPN, usou as redes sociais e se pronunciou após ter sofrido assédio por um torcedor do Flamengo ao vivo durante transmissão no entorno do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (7).
Na ocasião, ela descreveu a expectativa da torcida para o jogo que valia vaga na final da Libertadores, que o rubro-negro disputou contra o time argentino Vélez Sarsfield, quando o homem a tocou sem o seu consentimento.
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Em sua conta do Instagram, Jéssica Dias relatou que lidou com outros momentos tensos antes e durante o link ao vivo. “Foi só um beijinho no rosto. Não. Não foi. Antes tiveram muitos xingamento e importunação porquê o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os “pedidos de desculpa” com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração”, iniciou.
“Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera o chamou a atenção dele. O último ato foi o beijo no rosto. Que poderia ter sido na boca e não mudaria nada. Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime. Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar 3h em uma delegacia. Eu só queria trabalhar. O ser humano que fez isso estava com um filho menor de idade que se desculpou pelo pai”, lamentou a repórter, que elogiou a atitude do filho do homem.
“O menino não tem culpa, não punam a família dele. Eu agradeço todo apoio e carinho dos meus chefes, colegas, torcedores, telespectadores e ouvintes. Dois HOMENS de caráter, que foram atrás do cara e ficaram comigo durante todo tempo”, concluiu ela.
Prisão
O torcedor do Flamengo foi detido no Maracanã. Ele foi levado para a delegacia com o filho, de apenas 17 anos. Eles são moradores de Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro. Para evitar sua fuga após a situação flagrada ao vivo, o cinegrafista e o auxiliar o seguraram e encaminharam para a prisão.
Após prestar depoimento na delegacia, o homem passou por um julgamento no Jecrim (Juizado Especial Criminal) do estádio e, após audiência de custódia, teve prisão preventiva decretada. Posteriormente, o Flamengo emitiu uma nota oficial repudiando o caso de assédio.
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