No último capítulo de “Pantanal”, o personagem de SIlvero Pereira, o Zaqueu, deu um beijo em outro peão. Juliano Cazarré falou da importância de temas assim na televisão.
“É indesculpável a gente ainda hoje, na cidade grande, em 2022, ter essa postura de: ‘Ai, se a pessoa é gay não posso ser amigo porque ele vai me querer’”, disse em entrevista ao podcast “Papo de Novela”.
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“Isso é tão longe da minha cabeça! Desde que saí do segundo grau e fui para a faculdade, sempre tive muitos e muitos amigos gays e sempre foi tranquilaço, sempre foi amizade mesmo, espírito de camaradagem e tal.”
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Na novela, o seu personagem é o melhor amigo de Zaqueu, e ele disse que é muito bom ver uma história sobre um personagem gay que não gira em torno da sexualidade. “É muito boa essa amizade deles na novela, e o que eu gosto muito de ver também é os dois indo para a aventura: pegando revólver, barco, lança, indo atrás do Tenório. Isso dá um lugar novo, que é o seguinte: Zaquieu é um personagem que todos sabem que é gay, mas a cena não gira em torno disso, ele não está batalhando pelo direito de viver, ele já está aceito pela fazenda toda, tem um melhor amigo”
“Eu quero muito ver essa nova etapa em que isso já não for mais um problema e a gente puder ver os dilemas morais que não são os dilemas da aceitação. Acho que a dramaturgia pode dar esse passo”, concluiu.