Laura Cardoso é capa de fevereiro da revista Quem. O ícone da dramaturgia brasileira contou à publicação que seu início de carreira como atriz não foi nada fácil. Nascida em 1927, a estrela decidiu aos 15 anos que queria ser atriz. Ela conta que na década de 40 recebia críticas por conta da profissão que era malvista. Na década de 60, Cardoso afirma que teve medo de continuar atuando por conta da Ditadura Militar.
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“Havia uma crítica por eu não seguir esse padrão. A mulher nascia para ser dona de casa, do lar. Não sei nem cozinhar. Não sei fazer comida de jeito nenhum (risos). Eu sou da rua mesmo! Falavam que a atriz era puta e o ator cafajeste. Eu enfrentei esse preconceito. Seria bobagem dizer que não. Tinha 16 anos, pintava a minha cara para ir para o rádio fazer auditório”, relata.
No período em que passou por transição do rádio para a TV, Laura disse que temeu a Ditadura Militar, entre 1964 e 1985. “Nunca pensei em desistir da minha carreira, nem mesmo quando o meu marido morreu”, diz Laura. A atriz é viúva de Fernando Baleroni, com quem teve duas filhas.
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À repórter Marina Bonini, que assina a reportagem de capa da edição, Laura critica quem diz sentir falta da Ditadura. “A profissão me preencheu. Mas na Ditadura Militar, tinha medo de trabalhar. Estava no teatro naquela época e não sabia o que podia falar, o que ia acontecer. Ditadura nunca mais! Falta de liberdade é a pior coisa que tem. Quem fala que tem saudade não sabe o que está falando”.