A atriz e apresentadora Lorena Comparato abriu o coração sobre a vida pessoal e a carreira. Ela, que recentemente se submeteu a realização de uma cirurgia para retirada de um câncer de pele no seio, fez revelações inéditas, em um bate-papo descontraído e exclusivo com o Observatório dos Famosos.
A artista deu detalhes do processo de preparação e gravação da série Rensga Hits, do Globoplay, em que integra o elenco, assim como também falou sobre seu relacionamento de quase dois anos com o advogado de imigração e entretenimento, Arthur Deucher.
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Sincera, a irmã de Bianca Comparato reagiu de forma bem-humorada às comparações frequentes com a também atriz, e confessou ter sido confundida diversas vezes pelo público nas ruas em virtude da semelhança física que ambas possuem.
Aos 32 anos, Lorena Comparato afirmou que sente cobranças para engravidar pela primeira vez, e não escondeu já ter enfrentado a famosa ‘crise dos 30’. “Eu sou bem a favor de política pública e viver em um país onde as pessoas podem ter escolha, acho que isso falta muito no nosso país e por isso tem muita criança abandonada”, avaliou.
Confira abaixo a entrevista na íntegra com Lorena Comparato:
Você iniciou sua carreira ainda quando criança, certo? Como você enxerga as mudanças desde sua estreia nas telinhas para os dias de hoje?
“Comecei na televisão com 18 anos, fazendo ‘TV Globinho’, e foi muito legal, foi muito emocionante, porquê foi a primeira oportunidade, a gente nunca esquece. Eu sempre quis atuar, comecei a estudar aos 6 anos, eu quis ser atriz mirim e meus pais não deixaram, achavam que eu tinha que estudar, ter uma vida “normal” sem trabalhar quando criança, e depois trabalhar mais velha. Eu enxergo bastante mudança, muita mudança em mim também. Eu acho que eu passei a questionar a me atentar a coisas que eu não me atentava antes. Eu acho que as coisas estão mudando principalmente nessa questão da inclusão, da diversidade, e que eu fico muito feliz que isso esteja mudando. (…) O mundo vem mudado, tentando se abrir mais, mas eu como adulta eu tenho dimensionado umas coisas que eu quando mais nova não dimensionava. Eu acho isso bom.”
Como foi para você o processo de preparação para o trabalho em interpretar uma sertaneja em Rensga Hits? Houve inspirações?
“Eu fui chamada para fazer um teste, e tinha entendido que tinha que fazer a Marília Mendonça, depois que eu tinha entendido que era uma série sobre sertanejas tipo a Marília Mendonça. Eu já ouvia a Marília, Maiara e Maraisa, elas fizeram muito parte da minha pandemia, eu me apaixonei pelo sertanejo durante a pandemia. Depois desses meses ouvindo essas músicas, esse projeto chegou até mim. Eu estava em Los Angeles, visitando meu namorado, e ele me ajudou no teste, aí eu cantei ‘Medo Bobo’, da Maiara e Maraisa [no teste], e foi muito emocionante. Fiz o teste, foi muito legal, e eu passei. Comecei a estudar bastante o mundo sertanejo, assisti muito documentário. Minhas principais referências foram Maiara e Maraisa, Marília Mendonça, Paula Fernandes, Sandy, Anitta, Taylor Swift. Fui me inspirando assim. A preparação foi muito legal.”
Como foi o processo de adaptação à forma de gravação da série no período pós-pandemia?
“O baque foi muito grande. Era todo mundo de máscara, uma coisa esquisitíssima. Como eu passei muito tempo dentro de casa, ao trabalhar foi um salto, foi muito medonho, esquisito. Eu ficava de máscara dentro de casa, na época eu morava com a minha mãe, foram muitos cuidados. (…) Foi uma produção super pequena. Foi meu quinto trabalho na pandemia, eu já estava acostumava a lidar, já tinha um hábito muito grande da máscara, do teste, foi uma coisa muito normal, só que a gente estava morando em Goiânia. Essa parte foi um pouco mais difícil, a gente morava em hotel, e não tinha como sair. Foi difícil nesse sentido, de estar longe de casa, do seu carinho de afeto, e de estar fazendo uma série com todos os cuidados de pandemia. Teve casos de dengue, COVID, foram várias coisas difíceis, mas que todo mundo lidou bem.”
Houveram cenas quentes ou difíceis de fazer?
“Tem cenas quentes, sim. Todas as produções que eu fiz teve um cuidado muito grande com os protocolos [de segurança contra a COVID-19], de fazer teste no dia, de cuidado. Eu me senti muito segura. O elenco é muito legal. Essas cenas mais difíceis se tornam mais tranquilas de fazer. Essa personagem tem umas cenas muito densas, tristes, difíceis de fazer, que eu espero que as pessoas gostem, são cenas mais emotivas.”
Existem comparações entre você e sua irmã, Bianca Comparato? Como você lida?
“Sempre comparam a gente, porquê a gente é Comparato [risos]. A gente realmente tem cada vez achado mais beleza entre as nossas diferenças, e acho isso muito bonito. Nós somos muito diferentes, tem espaço para as duas. A gente tem cada vez mais andado de mãos dadas nesse sentido profissional. A gente tem um companheirismo muito grande não só nessa questão profissional, como na nossa vida. Isso nos faz uma dupla muito forte. Eu sou chamada de ‘Bianca’ sempre, e eu não corrijo. Eu me sinto muito honrada, eu sou muito fã dela.”
Você possui novos projetos reservados na Globo para novelas?
“Eu queria muito fazer novela. Eu fiz participações boas em novelas. A única novela inteira que eu fiz foi em ‘Rocky Story’ (2017). Ainda não rolou, mas espero que role. Agora na Globo, estou fazendo a série ‘Cine Holliúdy’, e estou muito animada. Esse é projeto futuro que tenho na Globo. Amaria fazer novela.”
Possui novos trabalhos para o cinema?
“Cinema pra mim é uma grande paixão, eu amo fazer filme. Antes e durante a pandemia eu tinha lançado um atrás do outro: ‘Boca de Ouro’, ‘Amarração do Amor’, ‘Meu Álbum de Amores’, agora estou aguardando o lançamento do filme ‘Regra 84’, um filme de arte, muito interessante. O cinema é um lugar que eu gostaria de fazer mais, amo fazer,. Eu amei fazer o ‘Lacuna’, para o Globoplay. Fico muito grata de estar conseguindo conciliar, o que falta agora é só teatro.”
Como anda a vida amorosa? Como está o coraçãozinho?
“Estou namorando há 1 ano e 6 meses. Meu relacionamento começou durante a pandemia. Ele é advogado de imigração e entretenimento em Los Angeles e São Paulo. Nosso relacionamento começou a distância, pela internet. Ele é amigo e ex-sócio da minha advogada, ela fez a ‘fada madrinha’, e a gente começou a se falar durante a pandemia, bem nada de mais, achando que era coisa de trabalho, até que a gente realmente se apaixonou meses depois. Eu tenho uma fã no México, conheci ela no aeroporto, fiquei na casa dela durante 15 dias, e conheci o que, na época, era meu amigo colorido, no aeroporto.”
Você pensa em engravidar?
“Eu acho que tem uma pressão social muito grande pra mulher engravidar, principalmente depois dos 30. Meu namorado é muito novo, ele tem 28, eu 32. Eu ainda não sei se eu quero ser mãe, a vida inteira eu tive muita convicção, e hoje em dia eu já me questiono muito, está caro demais ter filho, e eu tenho muita dúvida, mas ao mesmo tempo eu tenho curiosidade. Eu acho que é uma responsabilidade que as pessoas realmente tem quer quando querem muito. Eu sou bem a favor de política pública e viver em um país onde as pessoas podem ter escolha, acho que isso falta muito no nosso país e por isso tem muita criança abandonada. A sociedade empurra uma parada que no final das contas não é a sociedade que cria, é tu que fica com o problema em casa. Estou indo com calma, mas tenho estrutura familiar, tenho pais querendo ser avós, tenho cobranças.”
Você já passou pela crise dos 30?
“Com certeza. Tem o negócio chamado retorno de saturno, que vem ‘remelexar’ tua vida como se não houvesse o amanhã. Tem várias teorias, coisas esotéricas, astrológicas que falam que essa idade dos 30 é u momento pontual na vida. E eu não descarto isso, é um momento da maturidade, que você toma as rédeas da sua vida. Eu sinto que passei os primeiros 10 anos da minha vida tentando viver, os outros 10, experimentando coisas, dos 20 aos 30, fazendo o que a sociedade esperava que eu fosse fazendo. Senti que cheguei aos 30 e pensei: ‘Chega, eu vou fazer só o que eu quero. calma! Quero entender quem sou eu’. Eu acho que cheguei em um momento que me tornei mais independente de todas as formas, passei a fazer decisões sem perguntas para as outras pessoas, sempre fui de pedir opinião, mas eu acho que eu tenho essa independência que eu ganhei assim e foi depois dos 30. É a primeira vez que estou vivendo uma relação muito boa, estou muito apaixonada, estou amando, e é uma pessoa que eu admiro muito.”
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