Depoimento

Luísa Sonza se pronuncia após processo por injúria racial: “Precisava de tempo para refletir”

A cantora comentou que o caso é da esfera de danos morais e não de injúria racial

Publicado em 20/09/2022
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Luísa Sonza, cantora, usou a rede social nesta segunda-feira (19), para comentar um antigo processo de injúria racial que a assombrava e que veio à tona pelo simples fato de uma audiência ter sido suspensa. Os fãs da artista ficaram intrigados com o silêncio da loira, fã clube chegou a encerrar suas atividades, mas a artista finalmente se pronunciou sobre o assunto.

Relembre o caso

A denúncia havia sido movida por Isabel Macedo, advogada, em 2018. Ao ficar hospedada em uma pousada em Fernando de Noronha, Isabel, supostamente, teria sido confundida com uma funcionária do local pela artista, inclusive a cantora teria dado um tapa no braço da advogada e solicitado que ela providenciasse um copo com água. 

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Após Isabel esclarecer que não era funcionária, a cantora teria questionado: “Você não trabalha aqui?”, causando um grande desconforto. 

Negação

Quando o escândalo vazou na imprensa, em 2020, no auge da pandemia, Luísa Sonza teria afirmado que tudo não passava de mentira. “Gente, tudo isso é MENTIRA! Não acreditem nisso! Eu jamais teria esse tipo de atitude. Vocês me conhecem bem, sabem qual é meu caráter, minha índole. Eu jamais ofenderia outra pessoa por conta da cor de sua pele. Jamais! Essa acusação é absurda”, disse em um post no Twitter.

Esclarecimento na rede social

Em depoimento nesta segunda (19) na rede social, Luísa esclarece não tem relação direta com racismo, mas com danos morais. E reforçou que vai tomar medidas para ser realizado um novo encontro com Isabel para resolver o assunto de forma amigável. 

“Precisava de tempo para refletir”

“Estou acompanhando tudo e meu silêncio nesses dias não é porque não queira falar sobre o assunto, mas porque eu precisava desse tempo para refletir, conversar com as pessoas e entender melhor algumas questões que achei que dominava, mas me dei conta que não.

Quero agradecer a vocês que, com razão, me cobraram, e dizer o quanto tudo isso foi importante para mim. Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e
perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar. E entendi que precisa ser sempre assim.

Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas à questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento e ainda mais empatia. Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não. Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela Autora.

Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção pra essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação.

Por fim, quero esclarecer que esse caso veio a público em 2020, quando foi aberto, e é um
processo de danos morais – não estou respondendo por processo criminal, como foi
divulgado, e não há nenhum outro em andamento.”
, explicou.

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