‘Mulheres Apaixonadas’, novela de grande sucesso exibida originalmente de fevereiro a outubro de 2003 e, atualmente sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, da TV Globo, possui uma história repleta de vilões que sempre são lembrados pelo público.
O fato, no entanto, é que, na época em que foi ao ar pela primeira vez, muitas pessoas acabaram confundindo ficção e realidade. Pelo menos 4 atores do folhetim de Manoel Carlos relataram ter sofrido ataques por conta de seus personagens que eram extremamente odiados pelo público. Confira!
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1. Dan Stulbach (Marcos)
O ator Dan Stulbach, que interpretou o vilão Marcos, foi um dos artistas de Mulheres Apaixonadas que precisou lidar com o ódio dos telespectadores da novela. Na trama, seu personagem era um homem machista, de ciúme possessivo e que espancava a mulher Raquel (Helena Ranaldi), (normalmente com uma raquete de tênis).
Em entrevista ao jornal O Globo, Dan contou que, na época, chegou a ser agredido nas ruas, devido à repercussão de seu personagem. “Na época, as pessoas não tinham uma referência. Eu estava chegando à TV, era uma novidade. Não sabiam como eu era de verdade. Havia sempre um receio. As pessoas se afastavam de mim na rua, não sentavam do meu lado no avião”, revelou.
“Levei guarda-chuvada, bronca, tinha de tudo. Foi bem intenso. Se existisse rede social na época, talvez eu corresse o risco de ser cancelado, porque as pessoas não me conheciam”, disse ele.
Ao podcast Flow, em 2022, o ator contou ainda, que a Globo enviou alguns seguranças para a porta de seu prédio: “Eu disse ser um exagero, não precisava. De repente, tinha dois seguranças na frente do meu prédio no Leblon. Foi uma coisa intensa”, relembrou.
“É uma delícia ser reconhecido, mas há um excesso nisso. É engraçado, curioso não ser atendido em um restaurante, as pessoas mudarem de rua quando te veem ou ficarem com a vontade de te bater, mas também é bobo”, disse ele em uma entrevista a Rafinha Bastos no programa Mais que 8 Minutos.
2. Regiane Alves (Dóris)
Quem também precisou de seguranças por conta do ódio e ataques que passou a sofrer do público na época de Mulheres Apaixonadas, foi a atriz Regiane Alves. Na novela, ela deu vida à personagem Dóris, que maltratava os avós idosos.
“Uma vez eu estava entrando no elevador, e uma mulher perguntou se eu era a neta da novela. Falei que sim e voltei a fazer o que estava fazendo. Na hora que eu estava saindo, ela estava com o jornal na mão e me bateu. E falou: ‘Seja mais educada com seus avós’”, detalhou a atriz em entrevista ao Gshow.
Em outra ocasião, Regiane disse que estava gravando uma cena externa no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, e uma mulher se aproximou a ameaçando com dois cachorros da raça rottweiller. Um segurança precisou interferir para proteger a atriz. “Ela falou: ‘Traz ela aqui que precisa levar uma surra de corrente’”, disse a famosa.
3. Carol Castro (Gracinha)
Carol Castro, que em Mulheres Apaixonadas interpretou a jovem Gracinha, foi outra atriz que recebeu ataques do público na época em que a novela foi ao ar pela primeira vez. Na trama, sua personagem seduziu Cláudio (Erik Marmo) e atrapalhou o namoro dele com a cristã Edwiges (Carolina Dieckmann). Os telespectadores, no entanto, passaram a odiar.
“Eu era literalmente odiada por todos! Até hoje, tem pessoas que comentam comigo sobre isso: ‘Como eu odiava aquela Gracinha’. Mas acho que hoje os comentários seriam diferentes. São outros tempos”, explicou Carol em entrevista à revista Quem.
4. Roberta Gualda (Paulinha)
A atriz Roberta Gualda, intérprete de Paulinha em Mulheres Apaixonadas, contou em uma entrevista recente ao Gshow, que chegou a levar broncas do público por conta do comportamento de sua personagem. Na trama, ela era uma jovem preconceituosa e que tinha vergonha do próprio pai, Oswaldo (Tião D’Ávila), que era o porteiro da escola.
“Em 2003 as pessoas me davam bronca pela maneira como ela tratava o pai”, ressaltou a atriz. Apesar de sua personagem também ser homofóbica, ela lembra que, na época, isso ainda não tinha tanta visibilidade. “A homofobia não tinha espaço na pauta. Foi nos últimos anos que a comunidade LGBTQIA+ conquistou um espaço de fala mais significativo no Brasil e trouxe a pauta”, explicou.
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