Paulo Ricardo surpreendeu os fãs neste domingo (02) com uma homenagem a Paulo Pagni, baterista do RPM. Com direito a texto emocionante, Paulo lamentou a ‘morte’ do amigo, de 61 anos. Minutos depois, ele apagou post publicado nas redes sociais após ser desmentido pela assessoria. Pagni está na Unidade de Terapia Intensiva de Salto, São Paulo.
Ricardo iniciou relembrando momentos da carreira ao lado de Pagni. “Quartos de hotéis. Quase morreu de pancreatite durante nossa viagem a Los Angeles em 1988 para mixar o CD Quatro Coiotes, mas felizmente consegui interná-lo a tempo no hospital Cedars-Sinai e ele escapou com sequelas que o obrigaram a pegar mais leve a partir dali”, iniciou.
“Geminiano, depois do fim do RPM tocou com muita gente e formou bandas que iam do heavy metal, como o MAPA, até o reggae e a MPB, como o Tchucbanjionis, e dividia seu tempo entre o estúdio Santuário e seus incontáveis sheep dogs. Com a morte de seus pais ficou praticamente sozinho, sem filhos ou mulher que o pusesse na linha, e trocou a casa no Ibirapuera por um sitio em Araçariguama onde vivia cercado de animais como um dr”, continuou.
“Doolittle tupiniquim. Ainda trabalhamos juntos no projeto indie PR5 e em 2011 o RPM voltou para seu último trabalho, o CD e a turnê Elektra, que se encerrou em 17 de março de 2017 no cruzeiro Energia na Véia, e por um capricho do destino foi ali, no palco, a última vez que nos veríamos. Fica a lembrança de um grande irmão, grande baterista, de enorme musicalidade, amante da natureza e dos animais e sem dúvida nenhuma um dos caras mais Rock’n’roll que o Brasil já conheceu, e que deve ser lembrado assim, em sua melhor forma, como nessa foto nos camarins do meu show no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, no Maracanã. Descanse em paz, Gnomo, na mágica floresta do rock”, desejou.