Coisas de SBT

SBT cancela reprise de “A Caverna Encantada” e volta com “Tá Na Hora”

Reprise derrubou audiência do canal

Publicado em 08/08/2024
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Em uma reviravolta que trouxe à tona lembranças dos tempos em que Silvio Santos promovia mudanças abruptas na grade de programação do SBT, a emissora decidiu cancelar a reprise da novela A Caverna Encantada apenas três dias após sua estreia. A tentativa de alavancar a audiência com uma reexibição de capítulos anteriores, antes da exibição dos inéditos, não conseguiu surtir o efeito desejado, forçando a emissora a retornar rapidamente à programação anterior.

Segundo o Notícias da TV ,essa mudança repentina ilustra a dificuldade do SBT em conquistar e manter a audiência em um cenário onde a oferta de conteúdo está cada vez mais diversificada e as opções de consumo on-demand ganham preferência. Os números divulgados pela Kantar Ibope evidenciam o fracasso da estratégia: a reprise da novela registrou índices de audiência ainda mais baixos do que os capítulos inéditos, que já estrearam com desempenho abaixo do esperado. Com índices variando entre 2,4 e 2,6 pontos, a reexibição levou a emissora a amargar a quarta posição no ranking de audiência, perdendo consecutivamente para a Band.

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O cancelamento da reprise e o retorno do programa Tá na Hora ao seu horário original refletem a necessidade de reavaliação das estratégias adotadas pelo SBT, especialmente em um momento em que o perfil do público que consome novelas infantis e juvenis está em transformação. Os dados mostram que a maior parte da audiência dessas novelas é composta por mulheres com mais de 60 anos, enquanto as crianças, público-alvo esperado, representam menos de 10% da audiência.

A baixa participação do público jovem na faixa etária de 12 a 17 anos, mesmo com tramas voltadas para essa demografia, revela a desconexão crescente desse público com a TV tradicional. Com a migração dos jovens para plataformas de streaming e outras formas de entretenimento digital, o desafio para o SBT e outras emissoras é claro: encontrar maneiras de se adaptar à nova realidade do consumo de mídia, onde a grade linear perde relevância frente à flexibilidade das plataformas digitais.

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