Setembro Amarelo: A Importância da Conscientização na Prevenção ao Suicídio por Juliana Conti

Publicado em 05/09/2024 15:32
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O Setembro Amarelo é uma campanha de extrema relevância no Brasil, criada com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a prevenção ao suicídio. Durante esse mês, ações e iniciativas são realizadas em todo o país para promover o debate sobre um tema ainda rodeado de tabus e preconceitos. Convidamos a psicóloga e psicanalista Juliana Conti, uma das profissionais mais renomadas na área, para discutir a importância dessa campanha e como ela pode influenciar positivamente a vida das pessoas.

A Contribuição do Setembro Amarelo

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De acordo com Juliana Conti, ter um mês dedicado à prevenção do suicídio é crucial para trazer à tona uma questão que afeta toda a população e que deveria ser tratada como uma questão de saúde pública. A campanha visa não apenas conscientizar, mas também encorajar as pessoas a buscarem ajuda, além de promover um olhar mais atento entre os indivíduos. “Nem sempre o sofrimento tem ‘cara’”, ressalta a especialista, destacando a importância de se estar atento aos sinais menos óbvios.

Sinais de Alerta: O Que Observar

Identificar os sinais de risco é um passo essencial na prevenção ao suicídio. Juliana destaca que é fundamental estar atento de forma mais profunda às pessoas ao nosso redor. Comportamentos como isolamento social, perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, preocupações excessivas, abuso de álcool ou substâncias, e o uso descontrolado de medicamentos são indicadores comuns de sofrimento psíquico. “Não é apenas sobre perceber que alguém está triste; é sobre entender a intensidade e a profundidade desse sofrimento”, explica a psicanalista.

O Papel do Apoio Familiar e Social

O apoio da família e da rede social é um fator determinante na prevenção ao suicídio. Juliana enfatiza que esse apoio deve ser livre de julgamentos. “As pessoas que pensam em suicídio muitas vezes se sentem sozinhas em sua dor, e essa dor é frequentemente subestimada pela sociedade”, observa. Frases como “Você tem tudo, não deveria se sentir assim” apenas invalidam o sofrimento da pessoa, enquanto a empatia e o acolhimento são essenciais para que ela se sinta compreendida e motivada a buscar ajuda.

A Importância da Ajuda Profissional

Embora o apoio de amigos e familiares seja valioso, Juliana reforça que a ajuda profissional é insubstituível na prevenção ao suicídio. Ela explica que, muitas vezes, é difícil para alguém falar sobre seus sentimentos mais obscuros com pessoas conhecidas. A psicanálise, por exemplo, busca promover o bem-estar do indivíduo, validando sua história de vida e ajudando-o a ressignificar traumas e gatilhos vividos. “O profissional oferece um espaço seguro para que o paciente possa se expressar sem medo de julgamentos, facilitando o processo de cura”, afirma.

Abordando o Tema de Forma Sensível e Responsável

A maneira como o tema do suicídio é abordado pode fazer toda a diferença, tanto no ambiente pessoal quanto no profissional. Juliana destaca que, no ambiente profissional, já existe uma compreensão e uma “permissão” para discutir emoções delicadas. No entanto, no ambiente pessoal, é crucial não julgar ou criticar, mas sim ouvir e estar presente. “Muitas vezes, não se sentir só é tudo o que o outro precisa”, acrescenta.

Estratégias para Momentos de Crise

Para aqueles que estão passando por um momento de crise emocional, Juliana recomenda a validação dos próprios sentimentos e a busca por ajuda profissional. Ela sugere atividades práticas que podem ajudar a aliviar a angústia, como pausas para descanso, caminhadas ao ar livre, e momentos de lazer e diversão. “Entender suas emoções e cuidar de si mesmo, tanto física quanto emocionalmente, são passos fundamentais para superar crises”, conclui.

O Setembro Amarelo é uma oportunidade para toda a sociedade se unir em prol da vida. Com conscientização, apoio e diálogo, podemos criar um ambiente mais acolhedor e seguro para todos. A contribuição de profissionais como Juliana Conti é essencial para que possamos entender melhor as complexidades do sofrimento humano e, assim, oferecer o suporte necessário para aqueles que mais precisam. Afinal, a prevenção ao suicídio é um compromisso de todos nós.

Fonte: Juliana Conti Elias | CRP 06/139348 | @jucontipsicologa

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