Silvio de Abreu, ex-chefe da Globo que está de mudança para a HBO Max, fez críticas à demissão que José Mayer recebeu da emissora da família Marinho, após ser acusado de assédio sexual pela figurinista Su Tonani, em 2017. Em entrevista para a revista Veja, Mayer disse que o escândalo foi “plantado” por grupos feministas e que a punição contra o famoso foi pesada demais.
“Minha análise é que foi um escândalo muito mais plantado por grupos do que qualquer outra coisa. Foi uma atitude bastante cafajeste do Zé Mayer, mas sacrificar uma carreira brilhante e útil para a empresa como a dele foi decorrência da baita pressão de grupos que a diretoria recebeu. Foi tão bem organizado que a novela [A Lei do Amor, na qual Mayer atuava na época] acabou na sexta-feira e no sábado as pessoas já estavam com camisetas onde se lia ‘mexeu com uma, mexeu com todas’. Já tinha uma coisa armada”, disse José.
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“O Zé Mayer foi um bode expiatório. Volto a dizer que não estou defendendo a atitude dele. Não sei o que aconteceu de verdade entre ele e a moça, só fiquei sabendo de coisas que ocorriam aqui e ali. Se tivesse passado um tempo, as pessoas iriam refletir melhor”, afirmou Abreu.
Ainda, o autor disse que batalhou para tentar trazer José de volta para a Globo, mas não obteve sucesso. “Eu batalhei muito na Globo para que ele tivesse uma segunda chance, mas não tive apoio. Precisaria de um grupo de apoio feminino. Não adiantava juntar um monte de homem para reivindicar isso. Aí seria uma atitude machista. Tinha de ter mulheres, e não consegui. Mesmo entre as que falaram que achavam uma injustiça, nenhuma assumiu isso publicamente”, conta o profissional das novelas.
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