A atriz Taís Araújo, de 43 anos, foi uma das convidadas do programa Encontro, com Fátima Bernardes, na manhã desta quinta-feira (16). Durante a atração, a famosa se manifestou sobre o suposto assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips e criticou o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro em relação ao caso.
Na ocasião, Taís ressaltou que o jornalista e o indigenista não eram “aventureiros” como disse Bolsonaro em uma declaração recente. “A gente tem que falar o tempo todo disso, porque tem uma outra narrativa que tenta tratar, que tenta transformar ativista como bandido quase. A gente tem que lutar agora por Justiça, para não acontecer mais, a gente tem que ficar de olho, tem que cobrar. Esse não é o nosso país, não pode ser o nosso país, ser conhecido por esse tipo de coisa, violência”, disparou a atriz.
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“Esse é o país que mais mata ativistas no mundo. A gente fez Aruanas [série do Globoplay] e falava justamente sobre isso […] É uma série-denúncia, o primeiro episódio sobretudo a gente fala da Amazônia. E a gente entrou muito fundo nesse assunto, então, quando eu escuto isso, meu coração dispara, porque a gente conviveu com famílias que perderam”, disse a famosa.
Na semana passada, o presidente da República Jair Bolsonaro disse que o trabalho do indigenista – que era licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio) – e do jornalista especializado na cobertura da região amazônica era uma “aventura”.
“Isso não é de jeito nenhum, são dois profissionais, um jornalista e um antropólogo. Desculpa, aventureiros não são, não eram”, ressaltou Taís Araújo.
Fátima Bernardes então acrescentou: “E há três anos, o Bruno perdeu um amigo, que trabalhava com ele nessa situação, e a investigação foi parar onde? E o que a gente sabe sobre essas histórias, quantos outros, quantos indígenas mortos lutando pelas suas terras”, disse a apresentadora. “Você falou a palavra que é o meu sentimento. Quando eu vejo isso, eu sinto vergonha desse país”, concluiu a atriz.
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