Taís Araújo esteve ciceroneando uma recente palestra, feita no evento ‘TEDxSãoPaulo’, que teve o tema sobre ‘Mulheres que Inspiram’. A atriz compartilhou suas vivências como mãe, negra e cidadã brasileira, e suas falas repercutiram.
Veja mais: Taís Araújo relembra foto de quando modelava, aos 13 anos: “cabelo e pernas”
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
“Como se criar crianças doces, num país ácido?”, perguntou Taís. O grande questionamento inicial da atriz foi sobre como é diferente a criação de filhos homens e filhas mulheres, e o quão preocupante é ser negro no Brasil.
“Quando engravidei do meu filho, eu fiquei muito, mas muito aliviada de saber que no meu ventre tinha um homem. Porque eu tinha a certeza de que ele estaria livre de passar por situações vivenciadas por nós, mulheres. Teoricamente, ele está livre, certo? Errado (…) Ele corre o risco de ser apontado como um infrator – mesmo com seis anos de idade”, disse, ao relembrar ao estigma do negro à bandidagem.
Uma frase que repercutiu muito nas redes sociais e também entre as pessoas que assistiam a palestra, foi a que falava da discriminação racial: “No Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam suas bolsas e que blindem seus carros”.
Outro assunto que veio a tona, foi o da dificuldade em ser mulher no Brasil e a violência sofrida por elas. Ela equiparou o feminicídio entre diferentes cores de pele:
“O número de feminicídios contra mulheres brancas caiu 9,8%. É muito pouco para o que a gente deseja para nossas irmãs brancas, mas caiu. Já o número de feminicídios contra mulheres negras aumentou 54,8%. É ou não pra ficar apavorada?”.
Por fim, Taís Araújo também falou do preconceito e da clara discriminação que acontece com todo o grupo LGBT, que no caso são as lésbicas, os gays, os bissexuais e todos os transexuais.