PATERNIDADE

Thales Bretas fala sobre criação dos filhos após morte de Paulo Gustavo

Médico contou como está sendo a criação dos filhos desde a morte do humorista

Publicado em 02/08/2021
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Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, usou suas redes sociais no último domingo (1), para falar como está sendo a criação dos filhos após a morte do humorista. O médico iniciou seu vídeo, dizendo que sempre quis ser pai, mas não imaginava que seria possível, devido ao preconceito social. Algo que mudou quando ele conheceu o ator.

“Eu sempre sonhei ser pai, constituir família. Quando me descobri gay, esse sonho foi ameaçado pelo preconceito da sociedade. E eu cheguei a acreditar que esse sonho poderia não ser possível para mim, só que aí eu conheci Paulo Gustavo e tudo mudou porque ele também tinha o desejo de ser pai”, começou Thales.

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Na sequência, o dermatologista destacou o amor que sempre esteve presente na família que ele e Paulo construíram. “Juntos, a gente viu uma força que poderia quebrar esse paradigma da família tradicional. Depois que a gente se uniu, percebeu que o que importa é o amor. E ter filhos era só multiplicar o amor que a gente já era. E a gente conseguiu trazer à vida os frutos do nosso amor, que são Gael e Romeu, dois meninos”, continuou ele.

Thales Bretas com os filhos (Foto: Reprodução/Instagram)

Criação dos filhos após a morte de Paulo Gustavo

Com a morte de Paulo Gustavo, no início de maio, Thales Bretas agora tem a responsabilidade de criar os filhos sozinho. “Foi a experiência mais linda e desafiadora do nosso casamento. Dois filhos para dois pais. E eu tive o privilégio de viver essa realidade por quase dois anos. Agora só tem eu, e é uma responsabilidade diferente ser pai sozinho”, desabafou Thales Bretas.

De acordo com o médico, Romeu e Gael, de 1 ano, poderão expressar suas sensibilidades como uma maneira de demonstrar força. “Eu, desde criança, sou muito sensível, e era chamado de chorão. E eu cheguei a pensar que a minha sensibilidade era por eu ser gay, mas isso também é um preconceito que passam pra gente.”, recordou ele.

“No fim das contas, a sensibilidade não é nem masculina nem feminina. Aí que eu percebi que ser homem é também sentir, porque o ser humano sente. E é assim que eu quero criar meus filhos, sendo fortes o suficiente para se sensibilizarem”, afirmou.

Ao final do desabafo, Thales ressaltou que acredita que exista uma distinção entre ser pai gay ou hétero, já que as responsabilidades com os filhos são as mesmas, independentemente da orientação sexual. O médico explicou ainda, como tem sido “exaustivo e preenchedor” cuidar dos meninos desde a morte do marido.

“Pra mim, não existe pai gay. Existe ser pai. E ser pai é cuidar, educar, acolher, crescer junto. Então, não tem diferença se é homo ou heterossexual. Não muda nada. O que transforma é o amor. E eu há dois anos me esforço ao máximo para ser esse pai para os meus filhos. Eu fico exausto e preenchido. É uma sensação louca continuar vivendo mesmo depois de perder meu grande amor. Eu acordo e levanto. Não tem outro jeito, a vida se impõe. Aí eu olho para os meus filhos, para a minha família, para os meus amigos, para as minhas lembranças e continuo. Por eles, por mim e pelo Paulo, para sempre”, finalizou.

Confira o vídeo:

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