A Justiça Federal condenou Bruno Aiub, conhecido como Monark, a um ano e dois meses de detenção pelo crime de injúria contra o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. Segundo O Globo, além da pena, a juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, determinou que o youtuber deve pagar uma indenização de R$ 50 mil. A decisão foi proferida no dia 3 de outubro de 2024, em decorrência de uma queixa-crime apresentada por Dino em 2023, após Monark tê-lo ofendido em um podcast.
Durante a transmissão realizada em junho de 2023, Monark fez comentários desrespeitosos, chamando o ministro de “gordola” e “filho da puta”. Ele questionou a capacidade de Dino em situações adversas, sugerindo que ele não seria digno de liderança. A juíza ressaltou que, embora a acusação de difamação não tenha sido mantida, ficou claro que as declarações configuravam injúria. Segundo a magistrada, as frases proferidas por Monark foram ofensivas à dignidade da vítima e revelaram a intenção específica de injuriá-la.
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A juíza também comentou que as expressões utilizadas pelo youtuber, como “esse merda” e “um bosta”, são insultos que desmerecem a dignidade humana de Dino. Para a magistrada, tais ofensas extrapolam o limite da crítica aceitável e revelam um desrespeito inaceitável para alguém que ocupa uma posição pública. “O direito à crítica não pode justificar xingamentos e acusações irresponsáveis”, afirmou a juíza.
Em dezembro de 2023, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu temporariamente a queixa-crime, mas o processo foi retomado em março de 2024. Monark não contou com a assistência de advogados durante o julgamento, sendo defendido pela Defensoria Pública, que buscava o trancamento da ação. Apesar da condenação, o youtuber poderá recorrer em liberdade, seguindo os trâmites legais.