No próximo sábado (20) o Dia da Consciência Negra reforça importantes discussões sobre o tema, como a constante necessidade de criminalização do racismo, lutas pela inclusão do negro em diferentes mercados, a discussão sobre padrões de beleza etc. Esses são alguns dos pontos que baseiam o Desfile Beleza Negra, projeto cultural idealizado por Dai Schmidt e busca inserir o negro no segmento de moda e beleza.
De acordo com Dai, a visibilidade do movimento não pode ser lembrada apenas em uma data. Ela observa que percebeu a ampliação dessa discussão, comemora os avanços ao longo do tempo e compartilha o anseio por mais espaços para a negritude na sociedade – em geral.
Carregando...
Não foi possível carregar anúncio
“O 20 de novembro é uma data oficial, importantíssima, mas que representa, ao meu ver, o conjunto de todas as ações do nosso movimento ao longo do ano. Além desse dia, batalhamos todos os outros 364 em busca de ecoar nossa voz”, diz.
À frente do DBN desde 2012, criado em Brasília (DF), foi na moda que Dai Schmidt percebeu a necessidade da força negra ser destaque nas passarelas. Observando a falta de modelos ou suas poucas aparições, reuniu um casting formado por modelos profissionais e aspirantes para esbanjarem looks criados por estilistas negros ou apoiadores da causa. O resultado dessa empreitada engloba 14 edições amplamente divulgadas em veículos de comunicação de Brasília e de cobertura nacional.
“O Desfile Beleza Negra é um pedaço da luta através das passarelas. Cada edição, look e produção do evento transmite a mensagem de que não aceitaremos nos condicionar às ideias racistas e que não nos permitiam acessar determinados espaços”, pontua.
Para a também estudante de Psicologia, o apoio político demonstra uma mudança no comportamento entre os “detentores do poder” sobre a abordagem do assunto. Recentemente, Dai publicou uma foto em que agradecia a movimentação do Deputado Eduardo Pedrosa (PTC/DF) no DBN.
“É muito gratificante perceber que políticos se identificam com o nosso movimento. Isso representa o ecoar da nossa luta no centro do poder, que é Brasília. Meu sentimento é que esse comportamento se torne cada vez mais comum e que nosso futuro próximo seja de total igualdade entre todos, como sempre deveria acontecer”, finaliza.
Conteúdo produzido e enviado por Pedro Araujo