Juliana Lobo, brasileira da cidade de Guaçuí, estado do Espirito Santo, vive no exterior há seis anos. Influenciadora digital, com conteúdos no segmento do empoderamento feminino e “life style”, tem um podcast produzido pelo Brazilian Times, um dos jornais brasileiros mais antigos dos Estados Unidos. Juliana acabou de receber um convite para escrever uma coluna sobre empoderamento feminino para a comunidade brasileira local, mas ainda não iniciou o projeto.
Trabalha no Consulado Geral do Brasil em Boston no setor de Emub, órgão presente em vários consulados ao redor do mundo. Tem como objetivo prestar assistência para brasileiras vítimas de abusos, violência doméstica ou em situações de risco. É também o órgão responsável em fomentar o empreendedorismo feminino junto às comunidades locais. Juliana desenvolve ações, eventos e iniciativas para conectar as empreendedoras aos recursos oferecendo assistência para as vítimas e inserindo a mulher de volta na comunidade. A brasileira tem grande destaque e é muito reconhecida nos Estados Unidos pelo seu trabalho como empreendedora. “Sou profissional da área de comunicação e empreendedora. Dedico grande parte do meu tempo para esse segmento”, explica Juliana.
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Mas para chegar à Juliana dos dias de hoje foi preciso muita dor, crescimento e superação. “Tive que aprender cair muitas vezes e aprender os caminhos pelos quais não deveria caminhar. A vida é um aprendizado que deve ser exercitado todos os dias. As coisas que aconteceram na minha trajetória, boas ou ruins, eu nunca cheguei sequer sonhar que tivesse a possibilidade de um dia acontecer”, afirma Juliana.
O emprego da mãe era em um hospital da rede pública. Como não podia ficar sozinha em casa a instituição médica sempre foi seu segundo lar. Seu maior desafio foi enfrentar uma depressão profunda e paralisante perdendo a esperança e chegando até mesmo a desacreditar da vida.
“Embora entenda que a depressão seja o mal do século, jamais imaginei que seria acometida por esse mal um dia. Quando eu ia para o hospital que minha mãe trabalhava eu via muitas coisas tristes e uma realidade que causou meu amadurecimento precoce. Minha primeira formação foi na área da saúde. Sempre me achei forte e vivia a doce ilusão de ser de certa forma blindada para certas coisas. Hoje sei que não existe ninguém blindado para depressão, pois é um mal que acomete médicos, psicólogos e líderes espirituais”, pontua Juliana.
Os efeitos da depressão se tornaram tão intensos que chegou a ficar paralisada em uma cama. Foram muitos tratamentos, terapia e um processo de autocuidado e autoconhecimento com resultados positivos que aconselha todos que passam por isso a fazer. Hoje, tem muito mais empatia pela história do próximo e cada dia aprende amar mais e julgar menos.
Nos Estados Unidos viveu as provações de todo imigrante. “Foram tantas dores que cheguei a pensar que eu não conseguiria. Como mulher e imigrante enfrentei dificuldades que deixaram o processo ainda mais pesado, pois tudo aconteceu em outro país que não era o meu de origem. Por maior que tenha sido a dor eu não troco os dias ruins por dias bons, pois acredito que os dias ruins nos lapidam e nos transformam em pessoas melhores. Eu me considero uma mulher muito mais madura e muito melhor que a mulher que saiu anos atrás do Brasil. Hoje eu me amo muito mais!”, completa Juliana.
Atualmente morando em Boston, Massachusetts, é um exemplo de história de superação. Abraça a causa das mulheres como grande incentivadora de pessoas. Nunca aceita não e para ela impossível é apenas aquilo que ainda não tornou possível. Se continuar seguindo seu objetivo, mesmo que a passos lentos, um dia acaba alcançando. “Inclusive tenho muitos objetivos para conquistar. Enquanto houver vida estarei sonhando e realizando. E esse é o sentido da vida!”, encerra Juliana.
Para acompanhar mais sobre seu trabalho e dia a dia seu Instagram é
@juliana_lobo e @alcateiamkt
Conteúdo produzido por Seja Mais Digital e enviado por Joyce Silva.