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Pietra Parker, drag queen brasileira radicada em Nova York, fala da importância das paradas LGBTQIA+

Pietra Parker, nome artístico de Douglas da Gama, é uma drag queen carioca radicada em Nova York

Publicado em 14/07/2022
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O mês de junho é marcado pelas comemorações de movimentos LGBTQIA+ em diversos países do mundo. O ápice acontece com a realização das tradicionais paradas. A parada é motivo de comemorar pelas conquistas e celebração em homenagem aos antepassados que lutaram para derrubar barreiras dando visibilidade aos contemporâneos dos tempos atuais. A festa é para lembrar a repressão e tem como objetivo a conscientização, união e luta contra o preconceito.

Pietra Parker, nome artístico de Douglas da Gama, é uma drag queen carioca radicada em Nova York. Ela conta que nunca sofreu ameaças ou dificuldades para participar das paradas. “O que vejo sempre é a dificuldade que as organizações no Brasil enfrentam para conseguir realizar as marchas em alguns estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, sempre existe a dúvida se o evento vai acontecer, pois o governo muitas vezes não investe e acaba inviabilizando a realização das paradas”, conta Pietra.

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Pietra Parker (Foto: Divulgação)

Pietra teve muito trabalho como drag queen nos Estados Unidos. Segundo ela, em virtude do mês do orgulho, muitas empresas sempre procuram as comunidades LGBTQIA+ para promover ações com os funcionários. Foram muitas participações em brunchs e picnics empresariais nos parques de Manhattan. Ela explica que sempre expressa a importância da participação em eventos desse tipo o ano todo, afinal a comunidade LGBTQIA+ não existe apenas em junho. Por isso é preciso à inclusão e ações contra o preconceito durante todo o ano.

Ela lembra que quando morava no Brasil muitas vezes ia escondida para a parada de Copacabana, pois seus pais não poderiam sequer sonhar. Mesmo correndo o risco de ser vista por algum conhecido nunca deixou de participar, pela importância da parada em um país tão machista e conservador. O Brasil, apesar de ter uma das maiores paradas do mundo, lidera o ranking dos países que mais matam LGBTQIA+, principalmente pessoas trans.

“Não podemos parar. Nossos direitos ainda são tolhidos e ainda querem tirar o que conquistamos. Por isso é importante a participação de toda a sociedade nesses eventos. Não podemos evoluir como sociedade tratando pessoas de forma diferente e sem os mesmos direitos que o restante da população”, completa Pietra.

Para acompanhar mais sobre seu trabalho basta seguir o Instagram: @pietraparker.

Pietra Parker (Foto: Divulgação)

Conteúdo produzido por Seja Mais Digital e enviado por Joyce Silva.

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