
Você atenderia uma ligação de um número desconhecido pedindo seus dados pessoais? Provavelmente não. Mas e se, sem que você soubesse, alguém já tivesse essas informações e usasse o seu número de celular para invadir suas contas? Esse é o princípio do golpe conhecido como SIM Swap, uma prática criminosa que tem se espalhado rapidamente no Brasil, gerando prejuízos financeiros e morais a milhares de vítimas.
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“As pessoas ainda subestimam o poder que o número do celular tem sobre suas vidas digitais. Hoje, ele é a chave de entrada para grande parte dos nossos serviços online”, destaca Gabriel Zago.
O que é o golpe de SIM Swap?
O golpe de SIM Swap consiste na clonagem do chip do celular da vítima. Usando dados pessoais obtidos por vazamentos ou engenharia social, os criminosos entram em contato com a operadora e solicitam a transferência do número para um novo chip, alegando, por exemplo, que o anterior foi perdido. Com isso, passam a receber SMS, ligações e códigos de autenticação em duas etapas — o que permite o acesso a contas bancárias, redes sociais e até mesmo a apropriação da identidade digital da vítima.
Os impactos vão além do prejuízo financeiro: é comum que os criminosos usem aplicativos de mensagens para aplicar golpes em amigos e familiares, ou utilizem os dados roubados para abrir contas fraudulentas, fazer compras online e movimentar recursos de maneira indevida.

Como se proteger?
Gabriel Zago reforça que a prevenção é a melhor forma de defesa. Algumas ações simples ajudam a dificultar a atuação dos golpistas:
- Evite usar o número de celular como forma principal de autenticação. Dê preferência a apps como Google Authenticator ou Microsoft Authenticator;
- Crie senhas fortes e exclusivas para cada serviço, com ao menos 10 caracteres, misturando números, letras e símbolos;
- Ative o PIN do chip nas configurações do celular, impedindo trocas não autorizadas;
- Desconfie de sinais como perda súbita de sinal, mensagens suspeitas ou tentativas de login desconhecidas;
- Limite a exposição de dados pessoais nas redes sociais e em sites públicos.
“Uma simples exposição de CPF e data de nascimento já pode ser suficiente para um golpista iniciar o processo de troca do chip. Por isso, a vigilância digital precisa ser constante”, alerta Zago.Além disso, é possível verificar se seus dados já foram expostos na internet ou na dark web usando ferramentas gratuitas como DataBreach.com, que ajudam a identificar vazamentos e agir preventivamente.

O papel das operadoras e a importância da denúncia
Embora operadoras ofereçam medidas de segurança contra trocas não autorizadas, a responsabilidade pela proteção das informações também é do usuário. Em caso de suspeita de golpe, o ideal é registrar boletim de ocorrência, contatar a operadora imediatamente e monitorar as contas ligadas ao número.
Para Gabriel, a informação é a principal arma contra o SIM Swap: “Entender como o golpe funciona é o primeiro passo para se proteger. A informação é nossa melhor defesa.”
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