Famosos que já perderam os pais relatam sua dor e neurocientista explica o impacto dessa perda e como lidar com essa ausência

Marcelo Del Padre explica de forma didática e profunda como funciona o subconsciente diante dessa perda

Publicado em 11/08/2023 18:39
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Com a chegada do dia dos pais, neste domingo (13), é natural que a pauta voltada para quem já perdeu a figura paterna ganhe força e se destaque. Perder as pessoas que mais amamos é um dos maiores desafios que podemos encarar na vida, e exige força para seguir em frente e transformar a dor em saudade. Muitos famosos acabam externando essa dor de forma pública e o neurocientista e hipnoterapeuta Marcelo Del Padre, explica o impacto dessa perda, seja na infância ou vida adulta e como lidar com isso.

Reynaldo Gianechini, Isis Valverde, Duda Nagle, Romulo Arantes Neto, os filhos do astro Michael Jackson, do cantor Leandro e muitos outros. Famosos já manifestaram a dor da perda, ausência, traumas e a necessidade de buscar força e auxílio diante dessa situação. A forma com que essas perdas se deram, também faz diferença no impacto da vida de cada um. “A perda de um pai na infância pode deixar marcas profundas na mente em desenvolvimento e no bem-estar emocional. A neurociência revela que esse tipo de trauma pode alterar os caminhos neurais, causando impactos duradouros em nossa saúde mental. Quando analisamos a mente pelo modelo trino, entenderemos que nossa memória emocional, conhecida como subconsciente, desempenha um papel fundamental no processamento de emoções, memórias e crenças, afetando a forma como a pessoa lida com cada evento”, explica Marcelo Del Padre.

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Marcelo Del Padre

Obviamente que cada indivíduo lida com a dor de uma forma diferente e as emoções são absorvidas de maneira única, inclusive para a autopreservação. “Perder o pai na infância pode perturbar a regulação emocional, levando a sentimentos de abandono, tristeza e insegurança e afetando relacionamentos futuros. O subconsciente, agindo como um arquivo dessas emoções, pode influenciar o comportamento, fazendo com que a dor não resolvida ressurja na idade adulta”.

A dor que dilacera a alma, a sensação de abandono, o trauma diante da morte de alguém tão fundamental precisa muitas vezes ter uma atenção especial e segundo Marcelo, é possível lidar com isso. “Para lidar com a perda de forma eficaz, as pessoas devem reconhecer suas emoções e se necessário buscar ajuda profissional. Uma vez que entendemos que as emoções são aprendidas e não natas,  podemos ressignificá-las através de técnicas pontuais que promovem novas conexões neurais possibilitando a busca e a priorização de novas emoções que façam mais sentido consciente. Lembre-se de que a cura é um processo e, com as ferramentas e a orientação certas, é possível transcender a dor da perda e abraçar a vida novamente”.

Independentemente da forma ou época em que perdemos o pai, neste caso, devido ao Domingo comemorativo, esse tema também se estende para a perda da mãe, nosso maior laço na vida e qualquer outra pessoa que tenha se tornado próxima o suficiente para ocupar esse lugar. Vale ressaltar que os ensinamentos e explicações cabem da mesma forma e cuidar da mente diante de uma perda profunda é imprescindível para que a vida siga seu curso natural e de forma saudável.

Fique por dentro de tudo que está acontecendo no mundo da TV e das novelas acessando minha coluna no Observatório da TV, no link: www.observatoriodatv.uol.com.br/colunas/cintia-lima

Colaboração Cristina Lima

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